Jornal Estado de Minas

Audiência entre Backer e familiares define auxílio às vítimas suspeitas de intoxicação


Uma audiência entre os representantes da Cervejaria Backer e os familiares de consumidores que estão em tratamento de saúde devido ao consumo da cerveja Belorizontina foi realizada nessa quinta-feira.



O encontro foi no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 14ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte e do Procon-MG.

Na audiência, os representantes das vítimas expuseram quais são as necessidades de custeios para o restabelecimento de seus familiares. De acordo com o MP, o representante da empresa disse que a cervejaria iria disponibilizar o que estava sendo pedido.

Na reunião a empresa agendou os atendimentos individuais dos familiares das vítimas. Em 72 horas após esse atendimento, a Backer deverá efetivar o custeio de despesas solicitadas ou apresentar negativa fundamentada.

Também ficou acordado que a cervejaria fornecerá acompanhamento psicológico para as vítimas e seus familiares, de forma adequada à necessidade de cada um.



A reunião teve a participação das promotoras de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte Silvia Altaf e Vanessa Fusco, do coordenador do Procon-MG, promotor de Justiça Amauri Artimos da Matta, e da defensora Pública Ana Luiza Aragão Bracarense.



De acordo com a promotora de Justiça Silvia Altaf, a intenção foi a de tentar agilizar a assistência às vítimas. Ela informou ainda que os procedimentos instaurados no MPMG para apuração do caso continuarão com andamento normal.

Intoxicaxão por dietilenoglicol

Essa substância, quando ingerida, causa exatamente os sintomas sentidos por 28 pessoas, os casos suspeitos da doença. Dessas, 24 são do sexo masculino e quatro do feminino. Quatro diagnósticos foram confirmados e os 24 restantes continuam sob investigação. 

Dos 28 casos, quatro resultaram em morte. Um desses óbitos está entre os quatro casos em que foi confirmada a presença da substância dietilenoglicol no sangue.

Cerveja contaminada

Além da Belohorizontina, outros nove rótulos com as substâncias tóxicas foram constatados:
  1. Backer Pilsen
  2. Backer Trigo
  3. Brown
  4. Backer D2
  5. Capixaba
  6. Capitão Senra
  7. Corleone
  8. Fargo 46
  9. Pele Vermelha
O Ministério da Agricultura informou que “segue analisando amostras de cervejas coletadas na própria fábrica e no comércio, por meio de procedimento analítico capaz de identificar e confirmar inequivocamente os compostos” químicos.