Apesar dos estragos provocados pelas chuvas em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) reiterou que vai manter a agenda do carnaval de rua de BH. No entanto, não descartou a possibilidade de alterações nos trajetos percorridos pelos blocos.
Mais de 500 blocos já foram cadastrados para desfilar pelas ruas da capital entre 8 de fevereiro e 1º de março — calendário oficial da festa. Em coletiva de imprensa, o prefeito afirmou que “a Defesa Civil vai dizer os locais onde serão permitidos os blocos”.
Faltando cinco dias para o início oficial do carnaval na cidade, áreas do Hipercentro e da Região Centro-Sul, conhecidas tradicionalmente por receber a maioria dos blocos de rua durante a folia, foram bastante afetadas pelos temporais de janeiro e ainda estão em obras.
“Até o carnaval, vamos poder pular, brincar e trazer 5 milhões de foliões para as ruas. O máximo que vai acontecer é eles ficarem meio empoeirados, um pouco sujos”, afirmou o prefeito em tom de brincadeira.
Na semana passada, diante de críticas e cobranças em redes sociais para que a prefeitura cancelasse o evento devido aos temporais na capital, Kalil já havia garantido que a festa estava mantida. Nas redes sociais, o posicionamento fez o nome do prefeito ser um dos assuntos mais comentados do país.
Verba e expectativa
Neste ano, para que o evento ocorra, a prefeitura deve destinar R$ 14,3 milhões em verba direta e em planilhas de estruturas e serviços. Essa quantia é financiada pela iniciativa privada, por meio de dois grandes patrocinadores; a Ambev e o aplicativo Ifood.
O setor hoteleiro está otimista com relação ao evento. Segundo o sindicato da categoria, hotéis situados no entorno da Avenida do Contorno estão com 70% de vagas reservadas, principalmente para sexta-feira (21) e sábado (22) de carnaval. A expectativa é de que durante o período a ocupação seja 15% maior à 2019, quando 204 mil turistas vieram à capital para participar da folia.