Um homem de 38 anos foi preso sob suspeita de assassinar a tiros a ex-sogra em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte. O crime aconteceu em janeiro de 2018 e ele estava foragido desde então. O homicídio foi presenciado pela filha da vítima, uma menina que tinha nove anos na época e estava com a mãe no momento da execução.
Após dois anos foragido da polícia, o homem foi encontrado em Manhuaçu, na Zona da Mata de Minas, onde a polícia o prendeu na última sexta-feira (31). Os detalhes, no entanto, só foram repassados pelas autoridades nesta quarta (5), em entrevista coletiva concedida pela delegada Adriana das Neves Rosa na cidade onde ocorreu o crime.
Segundo a Polícia Civil, junto com o suspeito, foram encontrados um celular, três armas de fogo e dois pássaros silvestres. Outras três pessoas também foram indiciadas pelo crime.
A delegada Adriana Rosa, da Delegacia Especializada de Homicídios em Santa Luzia, explicou que a vítima não permitia o namoro entre a filha e o suspeito. A menina tinha 16 anos na época e estava grávida do acusado.
“A proibição seria pelo fato do referido relacionamento ser conturbado e pelo fato do indiciado ser envolvido com a criminalidade, além da diferença de idade entre eles”, completa a delegada.
De acordo com a delegada, uma semana antes do crime, a vítima e a filha adolescente chegaram a registrar na polícia as ameaças do homem e solicitaram medidas protetivas. No registro policial, foram noticiadas constantes ameaças do suspeito à família e diversas agressões sofridas pela jovem. “O indiciado não se conformava com o fim do relacionamento”, disse a delegada.
Na manhã desta quarta, a Polícia Civil prendeu outros três suspeitos por participação no crime: uma mulher de 32 anos, um homem de 58, e um jovem de 21, os dois últimos pai e filho. “Este último mandado foi cumprido no presídio, já que o indiciado estava recolhido no Sistema Prisional pelo cometimento de outro crime”, disse a delegada.
Todos os suspeitos vão responder pelo crime de homicídio triplamente qualificado, por se tratar de um motivo torpe, isto é, moralmente reprovável e desprezível.