Minas Gerais tem mais um caso de paciente com suspeita de contaminação pelo novo coronavírus. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira (6), em coletiva de imprensa do Ministério da Saúde.
Segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, trata-se de uma mulher de 49 anos, que desembarcou de Xangai no último dia 1º. A paciente está internada em um hospital particular da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O quadro dela é estável. Ainda de acordo com a secretaria, todos os contatos da possível infectada estão sendo monitorados.
A viajante também teve amostras de sangue colhidas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância (CIEVS). Ainda não há previsão de entrega do resultado das análises laboratoriais.
A viajante também teve amostras de sangue colhidas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância (CIEVS). Ainda não há previsão de entrega do resultado das análises laboratoriais.
Questionado pela imprensa, Mandetta justificou a ausência de uma campanha nacional de prevenção ao coronavírus com o fato de ainda não haver infectados pela doença no país.
"Mas nós vamos lançar uma campanha, sendo que não temos nenhum caso confirmado? Já estamos com uma campanha de prevenção da gravidez na adolescência. Sábado damos início à campanha de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. A gente achou que seria um gasto, desvio de energia nesse momento para uma situação que ainda não existe", afirmou.
“Se começarem a ocorrer casos, o eixo vai mudar para assistência. É natural que isso ocorra”, completou.
O protocolo do Ministério da Saúde estabelece como casos suspeitos aqueles em que a pessoa apresenta febre e ao menos um sintoma respiratório, como tosse e dificuldade para respirar. Viagens realizadas à China nos últimos 14 dias também estão entre os critérios do diagnóstico.
Casos descartados
Belo Horizonte foi palco de outras duas suspeitas de contágio pelo coronavírus, ambas descartadas. Uma delas envolvendo uma estudante de 22 anos que esteve na cidade de Wuhan, na região central da China, tida como epicentro da doença.
Ela chegou a ficar internada no Hospital Eduardo de Menezes, referência em doenças infectocontagiosas. O perigo foi afastado após a realização de três exames de sangue, que deram negativo para a doença que já matou quase 600 pessoas e contaminou outras 28 mil na China e 11 países.
Em 21 de janeiro, outra paciente de 35 anos foi atendida na UPA-Centro Sul com sintomas respiratórios compatíveis com a doença viral aguda causada pelo coronavírus. A mulher viajou a Xangai para participar de um evento internacional e desembarcou na capital em 18 de janeiro.
Análises da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) acabaram constando que a viajante havia sido infectada pelo rinovírus humano (HRV).