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Estado de Minas

Hospital não informou morte de paciente com suspeita de intoxicação por dietilenoglicol

Risoleta Neves admitiu falha ao liberar o corpo do paciente que morreu em 1º de fevereiro antes de ser feita a necropsia no IML


postado em 06/02/2020 14:12 / atualizado em 06/02/2020 16:38

Diretoria está tomando todas as medidas interna para que a situação como essa não ocorram novamente. (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Diretoria está tomando todas as medidas interna para que a situação como essa não ocorram novamente. (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
O Hospital Risoleta Tolentino Neves reconhece falha ao não informar a morte às autoridades, em 1º de fevereiro, de um dos pacientes suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol. O hospital fez a liberação do atestado de óbito sem que o corpo fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). A identificação da vítima não foi divulgada. "A diretoria está tomando todas as medidas internas para que  situações como essa não ocorram novamente", informou nota assinada pela diretora geral da unidade de saúde, Alzira de Oliveira Jorge.

De acordo com com o hospital, o paciente deu entrada na unidade de saúde no dia 20 de janeiro. Dois dias após, a partir do relato familiar de que ele havia ingerido cerveja da marca Backer, tornou-se suspeito de intoxicação por dieotilenoglicol e foi feita a devida notificação junto aos órgãos sanitários. Segundo a nota, na ocasião, ele "não apresentava quadro clínico sugestivo da síndrome nefroneural."

Amostras foram colhidas e encaminhadas para análise da Fundação Ezequiel Dias (Funed). "Durante todo o período de internação do paciente, seguimos as medidas recomendadas pela Secretaria de Estado de Saúde e pela Secretaria Municipal de Saúde. Também houve contato permanente do núcleo de vigilância epidemiológica do Risoleta com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em saúde do município e estado por meio de relatórios evolutivos do caso", informou.

Além da suspeita de intoxicação, diante do quadro de saúde do paciente, outras hipóteses diagnósticas foram consideradas pela equipe médica.

"Ressaltamos que o Risoleta prestou toda a assistência necessária ao paciente durante a internação. Porém, identificamos falha de processo após o óbito: não informação do falecimento ao CIEVS imediatamente e liberação do atestado de óbito sem que o corpo fosse encaminhado ao Insituto Médico Legal (IML)". Segundo a nota, a diretoria da instituição está tomando todas as medidas internas para que a situações como essa não ocorram novamente. 


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