Jornal Estado de Minas

Feridos

Pit bulls contidos a tiros após ataque

Dois cães da raça pit bull precisaram ser contidos a tiros por agentes da Guarda Municipal na manhã ontem depois de atacar pelo menos seis pessoas na Avenida Pedro I, no Bairro Planalto, Região Norte de Belo Horizonte. Socorridos com vida, os animais foram levados para atendimento em uma clínica veterinária. Eles estavam soltos e não usavam focinheiras.



De acordo com a Guarda Municipal, o órgão foi acionado para atender a ocorrência na Avenida Pedro I, altura do número 2.600. Ao chegarem ao local, membros do Grupamento de Patrulha Ambiental identificaram que um cão da raça pit bull estava solto e já havia atacado seis pessoas (três mulheres e três homens).

Uma das vítimas, uma idosa que não teve o nome divulgado, teria sido jogada no chão pelo animal. Ela foi socorrida e levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Primeiro de Maio. O estado de saúde dela não foi divulgado.

No momento da ação para deter a dupla, um dos pitbulss atacou um guarda, que foi mordido na perna. De acordo com os agentes, foi preciso efetuar dois disparos de arma de fogo para conter o pitbull mais agressivo. Os tiros atingiram o outro, que também ficou ferido.



Uma equipe do Controle de Zoonoses da PBH foi chamada e encaminhou os cachorros baleados para atendimento veterinário. O funcionário mordido sofreu escoriações leves.

O dono dos animais, cujo nome não foi divulgado, foi encaminhado para a delegacia da região. Ele alegou que os cachorros haviam fugido. De acordo com a Guarda Civil, "normalmente, o proprietário é punido por omissão de cautela na guarda de animal perigoso".

A Polícia Civil informou que o suspeito assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado. Ele vai responder pela contravenção penal de omissão de cautela na guarda de animais (Art. 31 da Lei 3.688) e também por lesão corporal culposa (art. 129 do Código Penal).

O subinspetor Gilberto Rodrigues ressaltou que o cuidado como medida preventiva deveria ter sido tomado pelo dono. “Ele disse que era recorrente o cachorro fugir. Então, ele negligenciou”, disse o policial. “Pit bull tem que ter cuidados específicos, tem que ter um chip, andar de focinheira na rua. Os animais não tinham isso”.