Um estudante de arquitetura de 30 anos foi acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de cometer crimes sexuais contra 12 vítimas, entre os anos de 2011 e 2019. A denúncia foi proposta na última quarta-feira pela 12ª Promotoria de Justiça Criminal de Belo Horizonte.
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Estudante de arquitetura da UFMG é preso suspeito de estuprar e divulgar imagens íntimasEstudante denuncia homofobia ao ser expulso de carro por motorista de aplicativoMulheres sofrem estupro sob ameaça de ataque de pitbulls em Belo HorizonteMPMG pede esclarecimentos sobre retorno ao trabalho de servidores da educação em MGAs investigações apuraram que o estudante, na maioria das vezes, usava da violência física para fazer sexo sem o consentimento das vítimas. “Alguns depoimentos apontam que, em certas ocasiões, o acusado poderia ter colocado algum tipo de droga nas bebidas alcoólicas que eram oferecidas às vítimas”, informou o MPMG.
Segundo a denúncia, em outra situação, o estudante teria roubado o celular de uma das vítimas na tentativa de forçar um encontro sexual, ameaçando divulgar fotos íntimas que estavam no aparelho.
Ainda segundo as investigações, algumas das vítimas chegaram a ter algum tipo de relacionamento com ele.
Crimes dentro da universidade
De acordo com a denúncia do MP, alguns dos crimes foram praticados dentro da UFMG, outros em uma república estudantil no Bairro Barro Preto, em um sítio na Região da Pampulha e na casa do acusado, em Belo Horizonte.
Para o MPMG, ao compartilhar, inclusive com colegas da universidade, e publicar fotos e vídeos das vítimas em redes sociais e sites pornográficos, “o acusado expôs todas de forma vexatória perante a sociedade”.
Segundo a denúncia, o rapaz chegava a publicar as imagens com os nomes das mulheres, o número de telefone e os endereços de contas de redes sociais de algumas delas.
Mais de 40 anos de prisão
Durante as investigações, no cumprimento de mandado de busca e apreensão autorizado pela Justiça, foram apreendidas mídias contendo cerca de 20 gigabytes de material pornográfico, além de maconha e haxixe.
Em denúncia feita pela promotora de justiça Tatiana Marcellini Gherardi, foi definido que o homem deve responder pelos crimes de estupro, abuso sexual, agressão, compartilhamento de fotografias e vídeos íntimos de terceiros em redes sociais e em sites pornográficos, armazenamento de fotografias e vídeos que continham cenas de sexo explícito e pornografia envolvendo bebês e crianças e posse de entorpecente.
Somadas as penas, o acusado pode ser condenado a mais de 40 anos de prisão.
Somadas as penas, o acusado pode ser condenado a mais de 40 anos de prisão.