Jornal Estado de Minas

MPMG denuncia estudante da UFMG acusado de cometer crimes sexuais contra 12 vítimas


Um estudante de arquitetura de 30 anos foi acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) de cometer crimes sexuais contra 12 vítimas, entre os anos de 2011 e 2019. A denúncia foi proposta na última quarta-feira pela 12ª Promotoria de Justiça Criminal de Belo Horizonte.



O acusado, que estudava na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), foi preso em dezembro de 2019, em Contagem, na região metropolitana. Ele está detido no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, também na Grande BH.

As investigações apuraram que o estudante, na maioria das vezes, usava da violência física para fazer sexo sem o consentimento das vítimas. “Alguns depoimentos apontam que, em certas ocasiões, o acusado poderia ter colocado algum tipo de droga nas bebidas alcoólicas que eram oferecidas às vítimas”, informou o MPMG.

Segundo a denúncia, em outra situação, o estudante teria roubado o celular de uma das vítimas na tentativa de forçar um encontro sexual, ameaçando divulgar fotos íntimas que estavam no aparelho.



Ainda segundo as investigações, algumas das vítimas chegaram a ter algum tipo de relacionamento com ele.

Crimes dentro da universidade

De acordo com a denúncia do MP, alguns dos crimes foram praticados dentro da UFMG, outros em uma república estudantil no Bairro Barro Preto, em um sítio na Região da Pampulha e na casa do acusado, em Belo Horizonte.

Para o MPMG, ao compartilhar, inclusive com colegas da universidade, e publicar fotos e vídeos das vítimas em redes sociais e sites pornográficos, “o acusado expôs todas de forma vexatória perante a sociedade”.

Segundo a denúncia, o rapaz chegava a publicar as imagens com os nomes das mulheres, o número de telefone e os endereços de contas de redes sociais de algumas delas.

Mais de 40 anos de prisão

Durante as investigações, no cumprimento de mandado de busca e apreensão autorizado pela Justiça, foram apreendidas mídias contendo cerca de 20 gigabytes de material pornográfico, além de maconha e haxixe.

Em denúncia feita pela promotora de justiça Tatiana Marcellini Gherardi, foi definido que o homem deve responder pelos crimes de estupro, abuso sexual, agressão, compartilhamento de fotografias e vídeos íntimos de terceiros em redes sociais e em sites pornográficos, armazenamento de fotografias e vídeos que continham cenas de sexo explícito e pornografia envolvendo bebês e crianças e posse de entorpecente.

Somadas as penas, o acusado pode ser condenado a mais de 40 anos de prisão.