Menina de 10 anos encontrada morta em Mariana foi estuprada, diz Polícia Civil
Suspeito vai responder por quatro crimes: homicídio qualificado, estupro de vulnerável, ocultação de cadáver e furto
Por Paula Santana*
18/02/2020 18:14 - Atualizado em 18/02/2020 20:09
A Polícia Civil informou nesta terça-feira que a menina Ingrid Borges, de 10 anos, encontrada morta no último sábado (15) no distrito de Furquim, em Mariana, Região Central de Minas, foi estuprada.
O corpo foi encontrado sujo, com hematomas e coberto por folhagens, a cerca de dois quilômetros da casa da vítima. O ajudante de serviços gerais de 24 anos, suspeito de matar a menor foi preso temporariamente nessa segunda-feira (17).
Segundo a Polícia Civil, antes do desaparecimento, a menina teria andado até a casa da avó em uma trilha no meio da mata. No dia seguinte, o corpo foi encontrado escondido ao lado de uma pedra.
De acordo com o delegado Cristiano Castelucci, a Polícia Civil chegou ao suspeito a partir do local em que o corpo foi encontrado. Além disso, segundo a corporação, o homem já era conhecido no meio policial.
As investigações indicam que o suspeito teria furtado uma residência pouco antes de cometer o homicídio. "A criança caminhava pela trilha e se deparou com o suspeito com os objetos que havia acabado de subtrair. Nesse momento, com receio de ser reconhecido e delatado, ele teria cometido o crime”, contou o delegado.
De acordo com moradores da comunidade, o suspeito tem o costume de roubar peças íntimas e, após utilizá-las, jogá-las na mata. Ele também é conhecido por fazer uso de bebidas alcoólicas e drogas, tendo o comportamento alterado pela cocaína e crack.
O delegado afirmou que houve crime de estupro e explica que será realizado exame de corpo de delito para apurar se marcas no corpo do homem estão ligadas a lesões de defesa da vítima. Também será feita coleta do material genético, interrogatório formal e indiciamento do suspeito.
O homem irá responder por quatro crimes: homicídio qualificado (pena de 12 a 30 anos de reclusão);
estupro de vulnerável (pena de oito a 15 anos de reclusão); ocultação de cadáver (um a três anos de reclusão); e furto (um a quatro anos de reclusão)
* Estagiária sob supervisão da ediotra-assistente Vera Schmitz