A Copasa, a Polícia Militar e as guardas municipais de Betim e de Contagem vão controlar os acessos da população à represa de Vargem das Flores neste carnaval. O objetivo será impedir que o reservatório responsável por contribuir com 4,5% do abastecimento da Grande BH seja contaminado com o lixo e os resíduos gerados pelos esportes náuticos, pescadores, banhistas e demais pessoas que encontram naquele lago uma espécie de balneário para suas atividades de lazer na região de Betim e de Contagem. Apenas quem mora ou tem propriedades na orla da represa poderá circular depois de se identificar.
De acordo com o diretor, os impactos trazidos pelos frequentadores prejudicam a função primordial do lago que é a de abastecer a Grande BH. “Não temos a captação do Rio Paraopeba desde que ocorreu o rompimento da barragem de Brumadinho e, portanto, precisamos de todos os nossos reservatórios com capacidade máxima para modular o abastecimento”, justifica.
A medida será um baque para as intenções de muitas pessoas que aproveitam o calor e a cheia do reservatório, já com 100% de sua capacidade ininterruptamente desde o dia 15. No lado de Betim, as pessoas aproveitam o lago mais para posicionar suas varas e pescar tilápias, bagres e traíras nas barrancas.
“Não pode proibir a gente não. Isso daqui é a diversão do pobre. A gente não suja, quem suja o lago são os bota-foras que os bairros trazem para cá”, afirma o guarda patrimonial Sebastião Riberto Nascimento, de 46 anos. O fato de o lago nunca ter estado tão cheio quanto nos últimos sete anos não estaria influenciando na questão da atração de mais pescadores, na opinião dele. “Até prefiro mais vazio, que os peixes ficam mais juntinhos. Mas por ser feriado, fica sendo uma boa oportunidade para a gente descansar a cabeça e fisgar um tira-gosto”, brinca.
“Não pode proibir a gente não. Isso daqui é a diversão do pobre. A gente não suja, quem suja o lago são os bota-foras que os bairros trazem para cá”, afirma o guarda patrimonial Sebastião Riberto Nascimento, de 46 anos. O fato de o lago nunca ter estado tão cheio quanto nos últimos sete anos não estaria influenciando na questão da atração de mais pescadores, na opinião dele. “Até prefiro mais vazio, que os peixes ficam mais juntinhos. Mas por ser feriado, fica sendo uma boa oportunidade para a gente descansar a cabeça e fisgar um tira-gosto”, brinca.
O também pescador nas horas vagas, João Lázaro Batista, de 62, que trabalha como ajudante geral, conta que trazia marmitas para as pessoas que construíram o lago em 1972. “Trazia marmita para as pessoas quando aqui era só mato. Desde então sempre pesquei aqui e vou querer pescar no carnaval também. Não acredito que vão conseguir fechar todos os acessos, porque aqui tem estradas e trilhas demais”, afirma.
Já no lado de Contagem as iscas e varas disputam lugar com banhistas, também incomodados com o controle do movimento de pessoas. Os irmãos Renato Diniz, de 30 anos, que é montador de vidros temperados, e Renan Diniz, de 23, que é açougueiro, aprenderam a nadar na Vargem das Flores e agora trazem os filhos pequenos para aproveitar o lago, mesmo sabendo dos perigos submersos como cercas antigas, galhos de árvores e antigas cisternas.
“A gente conhece aqui bem. Por isso sabe onde tem o perigo. No carnaval a Vargem fica muito cheia, muita gente vai achar ruim com esses bloqueios. Mas eu mesmo já estava pensando que seria confusão demais para trazer os meninos e estamos fugindo de confusão”, disse Renato.
“A gente conhece aqui bem. Por isso sabe onde tem o perigo. No carnaval a Vargem fica muito cheia, muita gente vai achar ruim com esses bloqueios. Mas eu mesmo já estava pensando que seria confusão demais para trazer os meninos e estamos fugindo de confusão”, disse Renato.