Mais dois municípios de Minas Gerais comunicaram casos suspeitos de COVID-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Nesta quinta-feira, já são pelo menos 12 suspeitas notificadas por prefeituras. Até o momento, a Secretaria de Estado de Saúde confirma cinco deles.
Em Viçosa, na Zona da Mata, está internada em uma área isolada do Hospital São Sebastião uma mulher que esteve recentemente na Tailândia e apresentou sintomas leves da doença. “(...) de acordo com o último boletim médico, está estável e ficará em observação por 48 horas. Não havendo evolução do quadro, poderá receber alta, com recomendação de isolamento até total recuperação”, informa a prefeitura do município.
As amostras de material colhidas da paciente já foram encaminhadas ao Estado e à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Conforme a Prefeitura de Viçosa, os resultados devem ficar prontos na próxima terça-feira.
Nessa quinta-feira, representantes da Secretaria Municipal de Saúde, da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e dos hospitais São Sebastião e São João Batista se reuniram para definir um protocolo de atendimento para casos suspeitos. “O protocolo recomenda que pacientes com sintomas suspeitos procurem a Unidade Básica de Saúde que estejam referenciados para um atendimento inicial. A partir de então, a UBS acompanhará o caso, tomando medidas cabíveis”, explica a prefeitura.
O outro caso suspeito foi registrado pela prefeitura de Alfenas, no Sul de Minas Gerais. Segundo a nota divulgada pelo Executivo municipal, uma mulher de 28 anos que esteve na Itália apresentou sintomas da doença. Ela foi atendida na Santa Casa de Misericórdia, mas não tinha indicação para internação. Dessa forma, a equipe de saúde local deixou a paciente em observação por 14 dias.
Oficialmente, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais considera cinco casos suspeitos até esta quinta-feira, sendo três em Belo Horizonte, um em Montes Claros, Norte de Minas, e um quinto em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
Apesar de considerar o estado preparado para acompanhar os casos suspeitos, a secretaria espera publicar nos próximos um decreto de emergência. A medida pretende facilitar a compra de medicamentos e materiais usados no combate a disseminação do vírus.“Estamos analisando a elaboração deste decreto com objetivo de acelerar as medidas necessárias, como compra de medicamentos, materiais e leitos”, disse o secretário Carlos Eduardo Amaral, em entrevista coletiva na tarde passada.