Jornal Estado de Minas

Balanço

Casos suspeitos de coronavírus crescem para 182 no país; 17 são em Minas

O número de casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus, o COVID-19, no Brasil aumentou de 132 para 182, de acordo com plataforma do Ministério da Saúde atualizada às 16h10 desta sexta-feira, 28. Das notificações suspeitas, 71 foram descartadas. Segundo levantamento da pasta federal, apenas a Região Norte ainda não registra a doença.




O país segue com um caso confirmado, o de um homem de 61 anos da cidade de São Paulo que está em isolamento domiciliar. Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, o paciente passa bem. A Secretaria informou nesta sexta-feira que os casos dos três familiares do homem que estavam sob suspeita de contaminação foram descartados. 

 

O estado com o quadro mais preocupante é São Paulo. Além de habitar o único caso até então confirmado pelo Governo Federal, o estado tem 66 casos suspeitos. Por lá, 30 suspeitas já foram descartadas. Em Minas Gerais, o governo acompanha 17 casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus. 

 

Dos 182 casos suspeitos no país, 104 estão na Região Sudeste do país. Além de São Paulo e Minas Gerais, o Rio de Janeiro registra 19 casos e o Espírito Santo outros dois. No Sul do país, o Rio Grande do Sul registra 27 casos suspeitos, Santa Catarina nove e o Paraná cinco.



 

O estado da Bahia é o que concentra mais casos na região Nordeste, com nove. Em segundo lugar está o Ceará, com seis. Pernambuco contabiliza cinco, Rio Grande do Norte três e Paraíba e Alagoas com um cada. Maranhão, Piauí, Sergipe não registram casos suspeitos de coronavírus.

 

No Centro-Oeste, o estado de Goiás registra cinco casos suspeitos da doença, enquanto o Mato Grosso do Sul tem dois casos. De acordo com o ministério, não foi registrado nenhum caso nos estado da Região Norte do país. 

 

O secretário nacional de vigilância em Saúde, Wanderson de Oliveira, informou que o Ministério da Saúde vai criar uma nova categoria: de casos prováveis. De acordo com o secretário, a categoria incluirá quem tiver contato com um paciente que esteja comprovadamente infectado.  

 

Ainda de acordo com o ministério, devido ao grande número de suspeitas, o balanço da situação do coronavírus no Brasil será atualizado apenas na próxima segunda-feira (2/3). "As secretarias estaduais de saúde ficarão responsáveis pelas análises dos próprios casos. Precisamos de um tempo para consolidar, validar, checar e garantir que a informação está precisa, completa e objetiva", justificou Wanderson de Oliveira. 



 

Para ser enquadrado como caso suspeito na classificação do Ministério da Saúde, o paciente deve apresentar febre, bem como pelo menos um outro sintoma de gripe: tosse, coriza, dor de cabeça ou dificuldade para respirar. Além do fator sintomático, é necessário ter vindo de um dos 16 países incluídos na definição de casos. São eles: China, Austrália, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Itália, Alemanha, França, Irã, e Emirados Árabes. 

 

Campanha 

 

O Ministério da Saúde também divulgou nesta sexta-feira os primeiros vídeos de uma campanha de prevenção ao novo coronavírus. A pasta investiu R$10 milhões para consolidar as informações de prevenção na campanha. 

As peças divulgadas nas redes sociais dão dicas sobre formas de contágio, (como a transmissão por saliva, tosse, espirro e aperto de mãos) e orientações sobre ambientes (como evitar aglomerações e manter espaços ventilados). A propaganda também orienta sobre quando procurar uma unidade de saúde. As peças também serão veiculadas no rádio e televisão com transmissão para todo o território nacional. 

Os vídeos foram divulgados no canal do ministério no Youtube. O governo também divulgou na internet um terceiro vídeo, apenas para redes sociais, com etiquetas de higiene ao tossir e espirrar. 

 

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