Subiu para 38 o número de casos investigados relacionados à ingestão de dietilenoglicol por meio da cerveja Backer. No dia em que as investigações completam dois meses, a Polícia Civil de Minas Gerais também informou, nesta sexta-feira (6), que detectou a substância química, por meio de exames, em 11 pacientes, sendo que quatro já faleceram. Antes da atualização desta sexta, os casos suspeitos eram 34 e os confirmados quatro.
E os números podem aumentar ainda mais. Isso porque a polícia ampliou a janela de investigações de dezembro deste ano para janeiro de 2018.
Quatro vítimas que teriam sido intoxicadas há mais de um ano foram incluídas no inquérito, de acordo com a corporação. A partir de agora, a corporação vai apurar casos semelhantes que ocorreram nesse mesmo período.
“Essa inclusão veio de uma reunião que tivemos com a Secretaria de Estado de Saúde, haja vista que há outras pessoas com o quadro típico de síndrome nefroneural com a data de 2018. Então ficou combinado que a Polícia Civil e a secretaria estenderíamos o prazo. Em breve, vamos lançar uma nota técnica”, explicou Thales Bittencourt, superintendente da Polícia Técnico-Científica. Com isso, os investigadores acreditam que o número de vítimas suba ainda mais nos próximos dias.
Ele afirma que, possivelmente, os novos casos que chegarão para análise da perícia serão feitos por meio dos prontuários médicos dos pacientes. “É pouco provável que haja material biológico para ser testado em casos mais antigos”, acrescentou.
Além disso, a polícia deve voltar à fábrica para fazer nova perícia na semana que vem ao lado de especialistas do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CBTN).