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Estado de Minas

''A Backer quer levar todo o setor para a mesma vala'', diz vice-presidente de sindicato das bebidas

Organização de classe abriu procedimento para desvincular a cervejaria da associação, depois que representantes da marca disseram que outras cervejas também têm ''traços de mono e dietilenoglicol''


postado em 06/03/2020 23:20 / atualizado em 07/03/2020 07:41

(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

 

Depois da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva) alegar que estuda entrar na Justiça contra a Backer, o Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas em Geral do Estado de Minas Gerais (Sindbebidas/MG) abriu procedimento interno para desvincular a cervejaria da associação. A informação foi divulgada, inicialmente, pelo jornal O Tempo e confirmado pela reportagem.


Segundo o vice-presidente da organização de classe, Marco Falcone, a empresa quer prejudicar todo o setor depois desaparecer do mercado diante dos casos de contaminação por dietilenoglicol.


"A Backer está morrendo atirando em todo mundo. Ela quer levar todo o setor para uma vala comum criada por ela mesma. A culpa (dos casos de contaminação) é exclusivamente da Backer", afirma Falcone.


A reação do sindicato pela expulsão da Backer da associação foi tomada depois que representantes da empresa disseram em audiência pública na Câmara de BH que outras marcas também tem "traços de mono e dietilenoglicol" em suas bebidas.


O pedido de desvinculação do sindicato, contudo, ainda depende de uma defesa da Backer, que pode se manifestar sobre o caso na associação.


Nosso estatuto prevê um direito de defeito. Ela (Backer) já foi notificada e dependendo da resposta será desfiliada imediatamente. Mas, existe um prazo e há chance de defesa. Mas, a intenção é de desfilar mesmo, se ela não se retratar”, afirma Marco Falcone, do Sindbebidas/MG.


Outro lado


Em nota divulgada nesta sexta-feira (6), a Backer informou quejamais acusou outras cervejarias de contaminação”. Segundo a empresa, o trabalho de laboratórios independentes identificou "a presença de traços de dietilenoglicol e/ou monoetilenoglicol em todas as amostras pesquisadas (entre elas algumas de outras empresas), inclusive nas da Backer".


A companhia também ressaltou que na audiência os representantes foram claros ao ressaltarem que a simples presença das substâncias químicas não faz da cerveja um produto contaminado.



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