Esperança de uma nova vida para um homem, de 55 anos, morador de Belo Horizonte. Ele foi o primeiro paciente com HIV de Minas Gerais, a passar por um transplante de fígado. A informação foi divulgada nesta terça-feira, pelo Hospital das Clínicas da UFMG, responsável pelo procedimento pioneiro.
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COVID-19: a conexão entre a corrida às farmácias em Divinópolis e o alerta em BHPor conta do novo coronavírus, Ministério da Saúde prioriza idosos na vacinação contra a gripeEstado fará exames para agilizar diagnóstico de coronavírusMãe de trigêmeas celebra liberação de cirurgia para duas filhas e busca ajuda para a outraAlém do HIV, o homem também é portador do vírus da Hepatite B, o que resultou em uma cirrose e em um câncer no fígado. No caso dele, o transplante era o único tratamento possível, porém não era recomendado. “Nós não indicávamos o transplante para pacientes com HIV por causa do risco de infecções e da interação medicamentosa. No entanto, nos últimos anos, com a modernização do tratamento para o HIV, isso deixou de ser uma contraindicação”, afirmou o cirurgião e coordenador do grupo de transplante hepático do HC-UFMG, Leandro Amado.
Segundo o médico, quando o paciente tem carga viral negativa, ou seja, quando é impossível detectar o vírus HIV nos exames, e os seus linfócitos, que são as células de defesa do organismo, estão com taxas próximas à normalidade, o transplante hepático pode ser realizado. “A cirurgia, do ponto de vista técnico, não muda. O desafio é o pós-transplante e a administração da medicação imunossupressora, essencial para transplantados, e controle do HIV”, destacou.
Também de acordo com a assessoria do hospital, o procedimento amplia as possibilidades de tratamento de pacientes mineiros que têm o vírus e o diagnóstico de doença hepática terminal.