Jornal Estado de Minas

Coronavírus: Empresas de ônibus de BH reduzem viagens por conta própria

Ônibus é higienizado na Estação Vilarinho (foto: Leonel Gomes/Esp. EM)
As empresas de ônibus da capital mineira reduziram o quadro de horários dos coletivos nesta quinta-feira (19) em meio a pandemia de coronavírus. Segundo a BHTrans, a decisão foi tomada sem consulta ou discussão com o município. O órgão diz que vai exigir esclarecimentos das concessionárias e estuda acionar a justiça para garantir a normalidade do serviço. 


"No momento em que todos estão fazendo sacrifícios, os concessionários do serviço público de transporte têm o dever de prestar os  serviços básicos à população. A área jurídica da BHTRANS está estudando medidas cabíveis contra as empresas.", diz a nota postada no Twitter.



Parada total

A suspensão total dos serviços de transporte público de BH já é uma demanda apresentada a autoridades municipais e do estado. 

O deputado estadual Léo Portela (PL), presidente da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), solicitou à prefeitura e ao governo de Minas a interrupção do serviço, medida que, segundo o parlamentar, visa frear disseminação da COVID-19.

O pedido foi encaminhado nesta quarta-feira (18) por meio de ofício, endereçado Secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Marco Aurélio Barcelos, e ao prefeito Alexandre Kalil (PSD). Os dois órgãos informaram que a questão sendo avaliada. 


Higiene

Uma portaria publicada no Diário Oficial do Município (DOM) nesta quinta-feira (19) tornou mais rigorosa a higienização dos ônibus, táxis, escolares e fretados que circulam em Belo Horizonte. 

Entre as novas regras estipuladas pela norma, os veículos que circulam na capital têm de ser limpos por dentro e por fora ao menos duas vezes por dia. Assentos, janelas, balaústres, entre outros pontos de apoio dos passageiros precisam ser limpos após cada viagem.

BHTrans determinou também a higienização de volantes, freios de estacionamento, entre outros objetos operados pelos trabalhadores do transporte público, além de desaconselhar o uso do ar-condicionado. As empresas de ônibus ficaram obrigadas a fornecer a seus funcionários kits com produtos de limpeza e álcool em gel. .