Em tempos de fake news, mensagens compartilhadas no Whatsapp relatam que moradores do bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foram vítimas do chamado ‘golpe da vigilância sanitária’. Com pretexto de realizarem exames do coronavírus (Covid-19), pessoas estariam se passando por vigilantes sanitários para roubar apartamentos na área. No entanto, até a manhã desta quinta-feira, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) não registrou qualquer boletim de ocorrência do tipo.
Uma das mensagens divulgadas descreve como seria o procedimento dos supostos criminosos. “Tocam o interfone e falam que estão fazendo exame compulsório do coronavírus, mas, na verdade, eles entram no prédio e assaltam todos os apartamentos. Muito cuidado, não há nenhuma realização de exame compulsório por enquanto. Já foram dois prédios na região do Santo Agostinho”, segundo trecho do texto.
Já numa mensagem de áudio, uma voz feminina detalha que dois homens e uma mulher se passaram por profissionais da vigilância sanitária e assaltam um prédio inteiro no Santo Agostinho. Ela informa que o crime ocorreu também na esquina da rua Rio Negro com a avenida Amazonas, na mesma região. Os casos seriam os mesmos descritos na mensagem de texto.
A capitão Layla, da PMMG, esclareceu que os casos compartilhados são falsos e ressaltou que não há registro de situações parecidas em Minas Gerias. “No que tange aos vídeos, áudios e prints de conversas que têm circulado nas mídias sociais, narrando furtos e roubos cometidos por pessoas simulando ser agentes da área da saúde, utilizando, inclusive, vestimentas brancas, a Polícia Militar esclarece que são falsos. Não foi registrado nenhum caso semelhante no nosso estado. Qualquer dúvida a respeito, a Polícia Militar pode ser acionada de imediato pela população via 190”, declarou.