Neste momento, uma das medidas mais eficazes e mais recomendadas por especialistas para evitar a propagação do novo coronavírus é o isolamento social. Como a COVID-19 é transmitida através de secreções, ficar em casa continua sendo a melhor forma de evitar o contato com pessoas infectadas pela doença. Mas nem sempre é possível cumprir esta recomendação e, por vezes, se torna necessário sair às ruas para trabalhar ou fazer compras. Quando isso ocorre, os cuidados ao retornar devem ser redobrados. O Estado de Minas entrevistou o infectologista e professor da UFMG Mateus Westin e reuniu a seguir uma série de recomendações para realizar a correta higienização dos materiais que tenham tido contato com o ambiente exterior, como roupas e sapatos.
Bijuterias e acessórios
O infectologista Mateus Westin explica que, no contexto de prevenção de infecções transmitidas por contato — uma das vias de transmissão do coronavírus —, recomenda-se que não se utilize bijuterias, anéis, colares, pulseiras, brincos e relógios. “ É muito difícil se fazer a higiene desses objetos periodicamente, até porque eles têm reentrâncias e estruturas que são difíceis de serem higienizadas. Além disso, esses acessórios ficam em contato com a pele, e quando a gente sai, entram em contato também com outras pessoas e outros objetos. Por este motivo essas bijuterias podem se tornar uma fonte de propagação da infecção”, alerta.O especialista explica que, caso a pessoa se esqueça e acabe por utilizar algum desses acessórios, o ideal é que, ao chegar em casa, esses objetos passem por uma higienização adequada com álcool 70%. A limpeza com o produto também é válida em caso de óculos de grau, bolsas e carteiras.
Roupas e Sapatos
Com relação a roupas e sapatos, de acordo com Mateus, o ideal é que, quando possível, o calçado deve ser retirado na chegada em casa. A mesma recomendação vale para toda a roupa do corpo. Depois disso, deve-se e separar esses itens para lavar.Em seguida, a orientação é que, além de higienizar as mãos, se tome um banho para que a limpeza do corpo seja completa. Assim, é possível prevenir eventuais secreções que tenham entrado em contato com a pessoa. “É um momento de exceção em que todas as medidas intensivas devem ser tomadas para quebrar a cadeia de transmissão”, completa."É muito difícil de se fazer a higiene de acessórios periodicamente, até porque, eles tem reentrâncias e estruturas que são difíceis de serem higienizadas. O ideal é evitar o uso."
Mateus Westin, infectologísta