Jornal Estado de Minas

GERAIS

Bancos de BH escalonam atendimento, mas não evitam aglomeração externa

Um dia após o prefeito Alexandre Kalil decretar o fechamento de bares, restaurantes e shopping centers devido à pandemia do novo coronavírus, medida das agências bancárias de Belo Horizonte para evitar aglomerações em suas áreas internas acabaram levando à formação de filas de espera do lado de fora dos estabelecimentos.  
 
No acesso a uma das agências da Caixa Econômica Federal ocorreram muitas reclamações por parte dos clientes que esperavam na calçada. Foi limitada a entrada a, no máximo, duas pessoas por vez. Nesse caso, o Estatuto do Idoso foi ignorado quanto à prioridade de atendimento. 



O padeiro Marcelo Campos, de 58 anos, alegou ser uma atitude desrespeitosa com essas pessoas que estão mais suscetíveis a serem afetadas pelo vírus. 

“É um absurdo isso que está acontecendo. Concordo que deve ser regulada a entrada na agência, mas duas pessoas por vez é um número pequeno. O risco de ser contaminado pelo coronavírus é maior enquanto aguardamos na fila do que enquanto estamos sendo atendidos lá dentro”, afirmou.

“As pessoas que correm maior risco de serem contaminadas devem ser atendidas primeiro”, defendeu.

O Banco Santander informou ao Estado de Minas que a partir da próxima terça-feira (24/03), os horários de funcionamento de todas agências do Brasil sofrerão alterações. O tempo de atendimento ao cliente será reduzido em duas horas, funcionando, assim, das 10h às 14h.

Dentre as medidas adotadas pelo banco está a entrada restrita de clientes ao interior das agências, em grupos de 10 a 20 pessoas por vez, conforme o tamanho da unidade, de forma a garantir uma distância mínima de pelo menos um metro entre todos. O Santander indicou ainda que agências com maior concentração de clientes idosos poderão adotar um horário exclusivo para o atendimento dessa população mais vulnerável à doença, das 9h às 10h.



“Temos nos esforçado ao máximo para minimizar os impactos para a sociedade em meio a uma crise cujo agravamento é inevitável. Nada é mais importante, neste momento, do que o bem-estar das famílias de nossos 48 mil funcionários, bem como o das 26 milhões de famílias que servimos diariamente”, afirmou o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial.

Santander

Por meio de nota o Santander detalhou que os procedimentos adotados pela agência obedecem às recomendações feitas pelo Ministério de Saúde, visando conter a propagação do coronavírus. Confira na íntegra o comunicado:
 
“O Santander informa que mantém sua rede de agências aberta, enquanto acompanha atentamente as orientações das autoridades e a evolução da propagação da COVID-19. 

Nesse sentido, os clientes são orientados pelos funcionários e nos materiais de comunicação a utilizar os canais eletrônicos – internet banking, app Santander, app Way, de cartões – sempre que possível para as operações do dia a dia, e que não entrem nas lojas caso estejam com sintomas da doença. O banco recomendou também aos funcionários maior atenção, bem como evitar o contato físico, mantendo a distância mínima de um metro entre as pessoas. 

Nas agências com grande circulação ou com maior frequência de grupos de maior risco, será avaliada a necessidade de medidas adicionais, como a entrada escalonada de pessoas, para impedir a formação de aglomerações”.

Caixa Econômica Federal 

O Estado de Minas procurou a Caixa Econômica Federal para saber sobre os procedimentos a serem tomados nos próximos dias a respeito das ações no combate a propagação do coronavírus. O banco, entretanto, não se pronunciou até o fechamento desta reportagem.