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Estado de Minas EPIDEMIA

Coronavírus: governo avalia usar antigo Othon para tratar pacientes

Governador Romeu Zema fez o anúncio na manhã desta segunda-feira. A expectativa é criar mais mil leitos e reduzir tarifa da Cemig e Copasa


postado em 23/03/2020 08:26 / atualizado em 23/03/2020 10:08

Governo vistoria antigo prédio que abrigava o hotel no Centro (foto: Gladyston Rodrigues/ EM/D.A Press)
Governo vistoria antigo prédio que abrigava o hotel no Centro (foto: Gladyston Rodrigues/ EM/D.A Press)

O governador Romeu Zema (Novo) disse nesta segunda-feira (23) que anunciará até a próxima quarta-feira (25) a criação de novos  leitos para tratar doentes mais graves da epidemia do coronavírus.

Numa primeira etapa, a previsão é de até mil novos leitos em unidades hospitalares ou prédios com viabilidade para abrigar pacientes. Em BH, um dos locais vistoriados para essa ncessidade é o Othon Palace Hotel, no Centro de Belo Horizonte.

Outra medida anunciada por Zema, além das contidas no decreto que estabelece calamidade pública no estado - divulgado na sexta-feira (20) e que depende agora de aprovação da Assembleia Legislativa-, são as reduções de tarifas públicas para pagamento de água e energia elétrica, sobretudo para população com baixo poder aquisitivo.

 

Leitos


Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) de Minas Gerais conta com 2.795 leitos de UTI que poderão ser utilizados para atendimento dos casos graves de infecção pelo coronavírus. Além disso, a rede particular conta com outras 1.591 vagas disponíveis em casos de emergência.

Tarifas

 

O governador mineiro disse que a revisão dos preços das tarifas públicas para usuários está sendo estudada sob a ótica "do impacto sobre as pessoas mais humildes". 

 

Ele disse que se reunirá ainda hoje com a direção da Cemig e da Copasa para analisar os números das duas estatais e propor uma redução na tarifa para usuários com maior necessidade de ações do estado nesse momento de crise.

Plano B


Essa entrevista de Zema foi concedida, nesta segunda-feira (23), à Rádio Itatia, que perguntou também ao governador se haveria um plano B para pagar o 13º dos servidores da Saúde, relativo a 2019.

Zema disse que continua na expectativa da venda de receitas antecipadas da exploração do Nióbio - uma concessão pública de reserva do metal localizadas em Araxá, no Triâgulo Mineiro.

Porém, reconheceu que o mercado financeiro "está totalmente retraído" em função da pandemia que afeta a economia globalizada.

 

De acordo com ele, o secretário de Planejamento e Gestão, Otto Levy, deverá anunciar em breve as tratativas em andamento para, apesar das restrições do mercado, colocar à venda essa reserva estatal.

 

O nióbio é um metal com diferentes aplicações na indústria, de aço a dispositivos médicos, passando por joias e outras infinidades de materiais.

 

Num primeiro momento, antes da crise gerada pelo Covid-19, o governo mineiro esperava uma antecipação de receita de R$ 5 bilhões com a venda antecipada de exploração do nióbio. "Esse valor será bem menor", admitiu Zema, sem precisar quanto deixará de ser arracadado.

Em contarpartida, ele estimou o rombo em 2020 nos cofres públicos de Minas após o coronavírus: R$ 2,5 bilhões.

 

ICMS

 

Em relação à redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), projeto em análise na Assembleia Legislativa de Minas, Zema disse que "gostaria" que a carga fiosse menor. " Só não consigo mudar a matemática", destacou, para justificar que as despesas na administração pública mineira crescem em proporção muito maior que a arrecadação.

 

"É inviável", afirmou o governador sobre a proposta de redução do ICMS neste momento de crise. A menos, ponderou, que os deputados digam "de onde tirar" recursos para arcar com as despesas.

 

Exterminador de empregos

 

Zema também rechaçou a declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que os governadores são "exterminadores de empregos", em entrevista a uma rede de televisão na noite desse domingo (22).

Bolsonaro disse que governadores fazem crescer o desemprego ( hoje em torno de 13 milhões, antes da crise), na medida que adotam medidas restritivas para circulação de pessoas e, com isso, afetando comércio, indústria, serviços e outros segmentos da economia Brasileira.

 

"Isso (epidemia) está acontecendo no mundo todo (isolamento social). Não há outra alternativa. Estamos fazendo isso porque necessitamos. A vida é mais importante do que empregos",  destacou.

Reunião com governadores

 

O governador de Minas confirmou para esta semana uma reunião, por meio de videoconferência, com governadores do Sul e Sudeste do País.

Na pauta, medidas governamentais de combate ao coronavírus. Zema lembrou que o último encontro ocorreu há 22 dias em Foz do Iguaçu, na região Sul, quando a epidemia ainda não tinha avançado em proporções preocupantes no território nacional.


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