O arcebispo de Belo Horizonte e atual presidente da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, criticou Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (25) por conta do pronunciamento feito pelo presidente na terça.
Em sua fala, o religioso não citou nominalmente o presidente Jair Bolsonaro, mas se dirigiu ao “Executivo nacional” para condenar medidas que chamou de irresponsáveis e sem dignidade com a pessoa humana.
“Nós repudiamos, criticamos veementemente, autoridades do Executivo nacional quando minimizam aquilo que é preciso ser realizado com respo
nsabilidade por todos nós”, disse um dos líderes da Igreja Católica no Brasil.
“A pandemia da COVID-19 não pode se compor ainda mais com pandemias de irresponsabilidade, de inconsequências e de falta de sentido humanístico e respeitoso para com a dignidade da pessoa humana”, criticou Dom Walmor.
O arcebispo de BH também pediu união entre os poderes e da população para que a quarentena seja respeitada e a proliferação do novo coronavírus freada.
“Fique em casa. Essa é indicação das autoridades competentes, sanitárias e sensatas. Esperamos dos poderes que ajam de modo a ter uma ordem social e política adequada, extirpando aquilo que de fato está na contramão, e substituindo-o por caminho novos que precisamos percorrer", afirmou.
Também cobrou do governo federal a elaboração de um plano para a proteção e amparo dos mais pobres durante a crise da saúde pública.
Pediu, ainda, que o Legislativo apresente “propostas concretas de mudança”, sobretudo aquelas ligadas à solidariedade.
Dom Walmor Oliveira de Azevedo também solicitou à Suprema Corte que tenha “força para garantir a Justiça e defesa da ordem constitucional”.
O pronunciamento
Em vídeo gravado e exibido em rede nacional, o presidente Jair Bolsonaro criticou o que chamou de “histeria” da população diante da proliferação do novo coronavírus.
O chefe do Executivo condenou medidas como a quarentena para quem não faz parte do grupo de risco e o fechamento de escolas. Também voltou a classificar a Covid-19, que já matou quase 19 mil pessoas ao redor do mundo, de “gripezinha”.
Nesta quarta, Bolsonaro disse que vai discutir com o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, o “isolamento vertical”: somente para idosos e pessoas com doenças crônicas.
Em coletiva durante a tarde, no entanto, o ministro frisou que sua equipe vai trabalhar com “critérios técnicos”, mas pontuou que as falas do presidente são de quem anseia pelo futuro da economia brasileira – que também deve ser motivo de preocupação no momento.
Mandetta também ressaltou que não deixará o cargo por conta das falas do presidente. Disse que só sairá se for por motivo de saúde ou por decisão de quem o nomeou, Jair Bolsonaro.
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- Falta de ar e dificuldade para respirar
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- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
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