Muito comuns durante as manifestações de 2013, os tapumes voltaram a fazer parte da paisagem de Belo Horizonte nas últimas semanas. Mesmo com a diminuição do fluxo de pessoas por causa da quarentena, hotéis e lojistas da Região Centro-Sul aderiram à medida que costuma ser adotada em períodos com histórico de grandes aglomerações, como no carnaval.
Ainda não se sabe o motivo da decisão por parte dos estabelecimentos. Para o porta-voz da Polícia Militar de Minas Gerais, major Santiago, a medida pode ser uma prevenção do empresariado que ainda tem vivo na memória a onda de de saques e vandalismos registrados na cidade no passado. “Como existe um histórico ligado às manifestações e os estabelecimentos estão fechados, os empresários, sabendo que vão ficar ausentes por muito tempo, talvez por receio, aderiram aos tapumes”, explica.
O porta-voz da PM também explica que o esvaziamento da cidade resultou em uma redução nos arrombamentos de estabelecimentos e ressaltou que essa medida, possivelmente, foi adotada pelos empresários de forma preventiva e não reativa.
“Não temos nenhuma elevação em modalidades criminosas. Nossas recomendações são que os comércios sejam bem fechados, que tenham fiscalização eletrônica e que medidas de autoproteção sejam tomadas. Talvez, para lugares que tenham blindex, os tapumes sejam uma medida de autoproteção, principalmente em épocas de carnaval e aglomerações,” afirmou o major.
Ele também destacou que, apesar da diminuição de pessoas nas ruas, o efetivo de policiais da capital foi reforçado. “A PM está com um reforço de policiamento. Temos a maximização de esforços com o Batalhão Metrópole e alunos da academia de polícia nas ruas, aumentando a sensação de segurança da população e dos comerciantes ausentes.”