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Estado de Minas CORONAVÍRUS

Pesquisa mostra aumento de até 77% dos preços em sacolões de BH

Levantamento do Mercado Mineiro mostrou também grande variação de preços entre estabelecimentos


postado em 27/03/2020 12:58

Coordenador da pesquisa diz que 'soma de fatores' leva a grande aumento e variação de preços(foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Coordenador da pesquisa diz que 'soma de fatores' leva a grande aumento e variação de preços (foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Os preços de frutas, verduras e legumes dispararam em Belo Horizonte nos últimos dias. É o que mostra um levantamento do site Mercado Mineiro, divulgado nesta sexta-feira, envolvendo os principais sacolões da capital mineira em meio à pandemia do novo coronavírus. Entre 13 de março e essa quinta-feira (26 de março), o estudo apontou um aumento de até 77% nos preços.

É o caso do limão-taiti, que passou de R$1,95 para R$3,45, com o aumento de cerca de 77%. O quilo da cenoura vermelha também teve impacto considerável de 28,88%, pois subiu de R$3,29 para R$4,24. A mudança mais modesta aferida foi a da banana, que passou de R$3,39 para R$3,69 (9% superior).

Coordenador do Mercado Mineiro, o economista Feliciano Abreu disse ao Estado de Minas que vários fatores somados levam a esse considerável aumento. Apesar disso, ele lembra da responsabilidade do varejo com o consumidor.

“Tivemos aumentos surpreendentes, isso é uma soma de todos os fatores da pandemia. É a dificuldade de carregar o alimento, trazer da Ceasa, pois poucos estão indo lá para negociar o preço, e até quem vai lá vê os preços bem mais altos que o normal. Temos que ter muito cuidado com isso, porque sempre o varejo vai sair ganhando. Não é falta de mercadoria, é medo mesmo, e o mercado aproveita disso. O ideal, para os dois lados, é comprar somente o necessário e não estocar. E também é necessário uma responsabilidade com o consumidor”, afirmou.

A variação de preços entre supermercados na capital mineira também impressiona. Segundo o mesmo levantamento, as diferenças chegam a 543%, como aconteceu no quilo de quiabo que pode custar de R$1,99 até R$12,80. Já o mesmo peso, porém da banana prata, custa de R$3,98 até R$5,99, variando 50%, dado mais brando do estudo.
 
Segundo relatório divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), o número de casos suspeitos para a COVID-19 chega a 21.691. Outros 189 são confirmados. O órgão também investiga 28 mortes por coronavírus, mas ainda não houve nenhuma confirmação. Já no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados nessa quinta-feira, são 77 mortes e 2.915 casos confirmados. O governo mineiro tem seguido as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no combate ao vírus, como distanciamento e isolamento social.
 

Veja, abaixo, o levantamento completo do Mercado Mineiro:

 

Levantamento do Mercado Mineiro sobre preços em sacolões(foto: Divulgação/Mercado Mineiro)
Levantamento do Mercado Mineiro sobre preços em sacolões (foto: Divulgação/Mercado Mineiro)


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