O novo boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde na manhã deste domingo (29/03) mostra a crescente curva de casos de coronavírus no estado. Até o momento são 28.783 casos suspeitos para COVID-19 e 231 confirmados. Esses números representam novos 5.809 casos suspeitos em relação ao último relatório, divulgado na manhã de sábado (28/03). Os casos confirmados eram 205.
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Com o novo balanço, Minas tem agora 31 municípios com casos confirmados. Foram cinco novos entre sábado e domingo: Extrema, Serra do Salitre, Santa Luzia, Patrocínio e Muriaé.
Belo Horizonte permanece com o maior número de infectados, sendo responsável por 61,9% dos casos. Em 24 horas, foram 14 novas confirmações na capital mineira, totalizando 143.
Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é o segundo município com mais casos, 19. A cidade teve três novos registros desde sábado. Juiz de Fora, na Zona da Mata, tem 11 pessoas confirmadas para COVID-19 – mesmo número desde a última sexta-feira.
No ranking de casos confirmados seguem Divinópolis, no Centro-Oeste (7), Uberlândia, no Triângulo Mineiro (7), Betim (5) e Contagem (4), na Grande BH. Os outros municípios têm entre um e três infectados.
Perfil das vítimas de COVID-19
De acordo com os dados do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (Coes), que analisa o perfil epidemiológico do COVID-19, dos 231 casos confirmados em Minas, 36 são de infectados acima de 60 anos, sendo dois deles acima de 80 – pertencem ao grupo de risco.
A faixa etária com maior número de casos é a de 20 a 59 anos – são 192 casos, responsável por 83,1 da totalidade. Dois adolescentes entre 10 e 19 anos estão infectados. Um bebê com menos de um ano também consta nos registros.
Os dados ainda dão conta de que homens são maioria dos infectados do estado. Eles são responsáveis por 61,5% dos casos confirmados, totalizando 142. Já as mulheres compõem 38,5% dos números, sendo 89 infectadas.
Transmissão do vírus
Desde o último dia 23, o Ministério da Saúde classificou todo o país como transmissão comunitária. Isso significa a incapacidade de relacionar casos confirmados através de cadeias de transmissão para um grande número de casos ou pelo aumento de testes positivos através de amostras sentinela (testes sistemáticos de rotina de amostras respiratórias de laboratórios estabelecidos).
Os primeiros casos registrados foram de transmissão importada, quando a infecção ocorreu fora do local de residência – como pessoas que viajaram para o exterior e voltaram já positivas para COVID-19.
O outro tipo de transmissão registrada era conhecida como transmissão local. Isso quer dizer que existe identificação do caso suspeito ou confirmado em que a fonte de infecção seja conhecida ou até a 4ª geração de transmissão.
O que é o coronavírus?
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
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