Jornal Estado de Minas

Coronavírus

Sem passaporte, esteticista de Betim não consegue sair de Portugal

Estar longe de casa durante a pandemia de coronavírus e não conseguir retornar pela falta de um documento. Esse  é o drama que a esteticista mineira Luana Gonçalves de Souza, de 18 anos, de Betim, que está em Portugal, está vivendo. Sem dinheiro, morando e se alimentando graças à ajuda de amigos, ela tem passagem marcada para 3 de maio, pela Azul, mas pede socorro para conseguir, ao menos, uma autorização da embaixada brasileira, para retornar.



 

“Eu estou tentando há três meses uma segunda via do meu passaporte. Mas vivo um jogo de empurra. A Embaixada me manda para o Consulado e vice-versa. Não consigo nada com os representantes do governo brasileiros”, conta Luana. “Eu ligo e eles sempre dizem que não podem fazer nada, pois estão com muita demanda, e me mandam ligar para outro número. Quando falo com este, mandam ligar no primeiro.”

A situação da esteticista é ainda mais grave, pois, sem dinheiro, já que está impedida de trabalhar pelas regras de restrição de circulação, ela passa por sérias dificuldades financeiras. “Eu estou na casa de conhecidos, que se propuseram a me ajudar.”

Luana se diz desesperada. “Eu estou em uma casa de favor, com uma pessoa que conheci e disse que ia me ajudar, mas não me querem mais aqui. Não me tratam bem. Agora, por exemplo, fui tomar banho. Eles estão desligando a luz do banheiro e a água do chuveiro é fria. Eu mal tenho comido, e parece que agora, pra tomar banho, vai ser bem difícil.”

Luana depende da embaixada brasileira, pois, sem o passaporte, mesmo que consiga antecipar a passagem, seria impedida de embarcar. “Não tenho dinheiro para me manter e muito menos comprar outra passagem."