Pastorais, Organizações não-governamentais (ONGs) e entidades enviaram, nesta segunda-feira (30/03), um requerimento conjunto para o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, pedindo que a população em situação de rua fique em edifícios abandonados durante a pandemia de coronavírus. A medida pretende garantir um abrigo emergencial àqueles que não têm moradia.
Segundo o ofício, todos os abrigos de BH já estão com a lotação máxima, por isso, algumas pessoas em situação de rua estão mais expostas ao vírus. Como a maneira mais eficaz de combater o COVID-19 é pelo isolamento social, a ação pede que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) amplie a oferta de acolhimento emergencial.
“A população em situação de rua está desesperada procurando por um lugar para se abrigar”, afirma a Irmã Cristina da Pastoral Nacional do Povo da rua. Segundo a Irmã, proposta surgiu após o grupo perceber a quantidade de edifícios que estão desocupados em BH. “Nós procuramos ocupar o que está desocupado”, completa.
Caso a proposta seja aceita pela PBH, pelo menos 700 pessoas em situação de rua que desejarem fazer a quarentena poderão ser abrigadas. A ação complementa que a prefeitura deve garantir alimentação diária e oferecer serviços essenciais para a permanência digna nos locais. Além disso, cabe a PBH identificar quais são os edifícios ociosos e avaliar as condições do local.
Para completar, o requerimento conjunto pede que a PBH faça um Comitê Gestor, composto pela sociedade civil e pelo poder público, para administrar a ação. “Nossa proposta é estar ajudando o poder público”, completa Irmã Cristina.
* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira