Minas Gerais pode chegar a 2,5 milhões de pessoas infectadas por coronavírus no pico do surto no estado, entre 27 de abril e 11 de maio, de acordo com estudo da Universidade Federal de Minas Gerais. Realizada pelo professor Rafael Ribeiro, da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG, a pesquisa estima que o número seja atingido caso nenhuma medida adicional de prevenção ao COVID-19 for tomada.
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O pesquisador exemplificou quais ações econômicas mais contundentes de contenção da doença poderiam ser tomadas no Brasil. “Medidas como a aprovação pelo Congresso Nacional de uma renda emergencial de até R$ 1.200 para famílias de autônomos, microempreendedores individuais e desempregados, se efetivas no propósito de manter o distanciamento social, podem de fato achatar as curvas e reduzir significativamente a taxa de transmissão do vírus”, avaliou.
Minas Gerais registrou três mortes por COVID-19, além de 314 casos confirmados da doença em 37 cidades, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.
Picos em outros estados
O estudo também aponta que o pico do coronavírus no Rio de Janeiro será de 7 e 21 de maio, com cerca de 2,1 milhões de pessoas infectadas. No Distrito Federal, onde auge é previsto para 2 a 16 de maio, espera-se que 360 mil contraiam a doença. No Ceará, a contaminação será muito alta em meados de abril: aproximadamente 1,85 milhões entre cerca de 9 milhões de habitantes.
Com população de aproximadamente 45 milhões de habitantes, São Paulo terá o pico entre o final de abril e o início de maio. São esperados 4,4 milhões de infectados no ápice do surto no estado, líder em casos confirmados no Brasil - mais de 2.300, com 136 mortes até essa terça.