Pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) ETEs Sustentáveis, sediado na UFMG, devem analisar na próxima semana amostras de esgoto para realizar mapeamento epidemiológico do novo coronavírus. Inicialmente, o estudo será feito na Região Metropolitana de Belo Horizonte, com o objetivo de identificar regiões onde há maior ocorrência do vírus.
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Coronavírus: MG dobra o número de mortes (6) e tem 5 mil casos suspeitos em 24h Laboratórios da UFMG iniciam exames para diagnóstico de coronavírus; público pode fazer testeFábricas de lingerie agora fazem máscaras contra o coronavírusEstudo do CDC recomenda uso de máscaras em supermercados e farmáciasMunicípio terá de pagar R$ 100 mil e pensão a família de adolescente que morreu afogadoOutra implicação importante levantada pela pesquisa está relacionada à transmissão do novo coronavírus. Atualmente o que se sabe sobre o vírus é que a sua disseminação costuma ocorrer por contato pessoal com secreções contaminadas. Mas estudos recém-publicados mostram a possibilidade da propagação do vírus pelas fezes. O que, de acordo com o INCT, pode despejar uma enorme carga viral em rios, já que apenas 46% do esgoto no país são tratados, segundo a edição de 2018 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). “Existe um risco. Mas, atualmente, nenhum estudo no mundo confirmou a transmissão feco-oral. O fato de o vírus ter sido detectado nas fezes pode não significar que ele esteja ativo”, tranquiliza Carlos.
Custeado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG), o estudo alerta ainda para a importância dos cuidados que devem ser tomados por trabalhadores e pesquisadores do setor. “Os profissionais que atuam na área de esgotamento sanitário, como os que operam as redes coletoras e estações de tratamento, e os pesquisadores que manuseiam amostras de esgoto não podem abrir mão de medidas como a utilização de equipamentos de proteção individual, para evitar a ingestão inadvertida de esgoto, ainda que por meio da ingestão de aerossóis (partículas finíssimas, sólidas ou líquidas, suspensas no ar), para evitar a contaminação.”