O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou hoje no programa Alterosa Alerta que, a partir da próxima segunda-feira (6), qualquer ônibus vindo de Lagoa Santa não entrará na capital mineira. A medida é uma reação ao decreto que, a partir do último dia 30, permitiu o funcionamento do comércio e da indústria da cidade da Região Metropolitana de BH, mediante cuidados com a higiene e aglomeração de pessoas, em meio à pandemia do coronavírus.
Kalil disse ainda que o município de Sete Lagoas também seria incluído no decreto que vai formalizar a proibição da entrada de coletivos em Belo Horizonte. Mas, como o prefeito Duílio de Castro (Patriotas), não sem a intervenção do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), recuou na medida que abriria o comércio ontem, a cidade ficou de fora do “cerco”. A reportagem tentou contato com o prefeito de Sete Lagoas, mas ninguém foi encontrado.
“Lagoa Santa virou o balneário de férias irresponsável. O prefeito foi avisado, conversei com ele. Conversei com o governador hoje, disse: ‘Governador, o hospital que nós estamos fazendo – tanto o senhor, no Expominas, como eu, no Mineirão – não dá pra tender a festança que está sendo feita em Lagoa Santa’. Então, não venham contaminar quem não quer ser contaminado”, deixou o recado para Rogério Cesar de Matos Avelar (PPS), prefeito de Lagoa Santa.
Por meio do Twitter, o governador Romeu Zema (Novo) também de posicionou a respeito da questão. “Conversei agora com o prefeito de BH, Alexandre Kalil. Ele contou sobre o plano de promover barreiras sanitárias em acessos à capital. Lembrei que a cidade é rota para escoamento de produtos essenciais. Ele se comprometeu a manter os acessos abertos. Além do impacto para o Estado, temos de lembrar que muitos profissionais, especialmente da saúde, moram na capital e trabalham na RMBH. A capital abastece e é de todos os mineiros. Por isso mesmo, pedi a ele um plano logístico, que ele se comprometeu conduzir com muita cautela”, afirmou na rede social.
O prefeito de Belo Horizonte esclareceu que a “barreira” é válida apenas para ônibus, e que carros, caminhões e ambulâncias vindos de Lagoa Santa terão livre acesso à capital. Sobre a situação de trabalhadores que precisariam circular entre as cidades em coletivos, Alexandre Kalil respondeu que não pode resolver problemas pontuais e que “infelizmente alguns vão pagar por outros”. Também tentamos contato com Vitor Penido de Barros, prefeito de Nova Lima e presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel), que não foi encontrado para comentar a situação.
Alexandre Kalil subiu o tom mais uma vez ao se referir à condição dos moradores de Lagoa Santa que “estão lá se abracando, com comércio aberto, tomando cerveja em bar, enquanto a populacao de Belo Horizonte está confinada. Os aglomerados, as vilas, a Serra , todos confinados, enquanto lá é um balneário de férias? Então, não. Na hora que ficarem doentes, nós sabemos exatamente pra onde eles vão mandar os doentes”, declarou o prefeito de Belo Horizonte.
A prefeitura de Lagoa Santa se manifestou em nota: “Em relação a posição tomada pelo prefeito Alexandre Kalil, o município de Lagoa Santa respeita a autonomia do município de Belo Horizonte e reitera que prevalecerá, no município de Lagoa Santa, o diálogo profícuo e a busca de soluções de consenso que possam atender o interesse da nossa população”.
O que é o coronavírus?
Como a COVID-19 é transmitida?
Como se prevenir?
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Mitos e verdades sobre o vírus
Para saber mais sobre o coronavírus, leia também:
Especial: Tudo sobre o coronavírus
Coronavírus: o que fazer com roupas, acessórios e sapatos ao voltar para casa
Coronavírus é pandemia. Entenda a origem desta palavra