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Estado de Minas VIOLÊNCIA

Homem é condenado por matar professor da UFMG a facadas dentro de ônibus em BH

Caso ocorreu em 2017, quando o autor tentou roubar a mochila de Antônio Leite Alves Radicchi


postado em 02/04/2020 21:01 / atualizado em 03/04/2020 00:12

Antônio Leite Alves Radicchi era médico, além de professor na UFMG(foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D.A Press - 24/10/2008)
Antônio Leite Alves Radicchi era médico, além de professor na UFMG (foto: Emmanuel Pinheiro/EM/D.A Press - 24/10/2008)
Foi condenado a mais de 27 anos de prisão o homem que matou o professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Antônio Leite Alves Radicchi, em novembro de 2017, dentro de um ônibus no bairro Concórdia, Região Nordeste de Belo Horizonte. Alexandre Siqueira de Freitas foi julgado por latrocínio (roubo seguido de morte).

A sessão foi presidida pelo juiz José Xavier Magalhães Brandão. Conforme denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Alexandre, ao tentar roubar a mochila de Antônio, com 60 anos na época, esfaqueou o professor diversas vezes para que ele largasse os pertences. Autor e vítima estavam a bordo de um ônibus da linha 9805 (Renascença/Santa Efigênia). Antônio, que também era médico, morreu poucas horas depois de ser socorrido.

A denúncia aponta que Alexandre e sua companheira estavam antes da roleta do coletivo. Em seguida, ele determinou que ela desembarcasse do ônibus, pedindo para que o motorista abrisse a porta dianteira. De acordo com testemunhas, o autor do crime iniciou uma discussão com Antônio, tentando pegar a mochila do professor e ordenando a vítima a descer do veículo. Diante da negativa, Alexandre esfaqueou Antônio diversas vezes.

O autor desceu do coletivo para se encontrar com a companheira. Pouco tempo depois, a Polícia Militar localizou o casal, que informou que os materiais (mochila, iPad e iPhone) pertenciam à mulher. Um dos oficiais pediu para que ela desbloqueasse o celular, o que não aconteceu.

Durante o julgamento, Alexandre disse que foi Antônio quem chegou perguntando se o autor o conhecia. O esfaqueador, então, afirmou ter se lembrado de um grupo que o agrediu em um bar na Rua Jacuí, também na Região Nordeste da capital, e que o líder do bando tinha o apelido de ‘coroa’. Apesar disso, o juiz levou em conta o perfil tranquilo de Antônio.

A defesa do autor estava tentando enquadrar o crime como homicídio, que possui uma pena menor que latrocínio.

O juiz condenou Alexandre a 23 anos e nove meses de prisão, levando em conta, também, a reincidência do autor na prática de crimes, aumentando a pena para 27 anos, oito meses e 15 dias, além de multa. Como o processo foi desmembrado, a companheira do esfaqueador será julgada posteriormente.


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