Uma mulher de 32 anos, suspeita de abandonar a própria filha na Região do Barreiro, em Belo Horizonte, foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais por homicídio qualificado pelo feminicídio, por motivo fútil e com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima. A criança foi encontrada no dia 23 de março, em uma lixeira, com sinais de violência, e faleceu momentos depois de ser levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Barreiro. A pena prevista para esse tipo de crime varia de 12 a 30 anos de prisão.
Para o delegado Alexandre Fonseca, que presidiu o inquérito, o crime foi premeditado. A suspeita tentou a todo momento esconder a gravidez dos familiares, chegando a utilizar uma lixa de unha para apagar o resultado de um laudo obtido após a realização de uma ultrassonografia, uma vez que a mulher tinha problemas nos rins.
A suspeita foi presa em flagrante um dia depois do crime. Em depoimento, ela contou à polícia que havia conseguido emprego em um escritório de contabilidade e que a gravidez iria atrapalhar naquele momento. A mulher teve a criança um dia antes de abandoná-la. O bebê, quando foi encontrado na lixeira, apresentava lesões na boca e no rosto. O socorro foi feito até a UPA Barreiro, onde veio a óbito.
De acordo com o laudo pericial, a morte teria sido provocada por politraumatismo contuso, ou seja, múltiplas lesões traumáticas.