Desde que registrou o primeiro de infecção pelo novo coronavírus, em 8 de março, Minas Gerais nunca teve uma semana com tantos diagnósticos de COVID-19 quanto à última. Entre domingo passado e ontem, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) computou 280 novos casos no estado, mesmo período em que a pasta confirmou as primeiras mortes nas cidades de Belo Horizonte, Uberlândia e Mariana.
Em novo boletim divulgado, nesse sábado (4), a SES informou que registra seis óbitos e 430 casos confirmados da enfermidade. Além disso, o estado tem 64 mortes em investigação e 44.528 casos suspeitos.
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CPI das fake News é aprovada com foco na pandemiaComissão Arns: condução de Bolsonaro na pandemia une o País como nas Diretas Já!Brasil precisa se unir no combate ao novo coronavírus, diz ToffoliMinas registra 68 novos casos de COVID-19 nas últimas 24 horasAssociação admite erro sobre aumento em mortes por insuficiência respiratóriaO aumento de casos confirmados na última semana no estado acompanha a previsão feita pelas autoridades de saúde. “A realidade vai ser essa. Todos os dias, o número de casos vai bater o recorde do dia anterior. O mesmo com os óbitos”, disse ontem, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis.
A fala de Gabbardo é ilustrada pelos números: entre 8 e 14 de março, a Saúde mineira computou os primeiros quatro casos. Na semana posterior, novos 51. Mais uma alta entre 22 e 28 de março, quando 150 diagnósticos foram incluídos no balanço. E, na semana passada, o maior acréscimo desde que a pandemia atingiu o estado: 280 novos quadros clínicos, o que representa 65% do total de pessoas com COVID-19 em Minas Gerais.
Dos 430 casos confirmados, 47 pairam sobre a população entre 20 e 29 anos, 132 entre 30 e 39, 86 entre 40 e 49 e 61 de 50 a 59 anos. Conforme o documento da SES, 93 idosos já foram infectados, o que representa 21,6% do total do estado. Há, ainda, uma criança entre 1 e 9 anos e um bebê diagnosticados, além de nove pessoas entre 10 e 19. Quanto à sexualidade, as pessoas que foram vítimas da pandemia em Minas Gerais são, em sua maioria, homens. São 249 do sexo masculino e 181 do feminino.
No recorte por cidade, as com maiores populações têm, conforme o já analisado em todo o mundo, mais casos confirmados. BH lidera o ranking de diagnósticos com folga: são 234, sendo que três pessoas morreram. Depois, vem Nova Lima, cidade localizada na Grande BH, com 32 casos. Juiz de Fora, na Zona da Mata, a quarta maior população de Minas, vem logo em seguida com 30 diagnósticos.
Ainda figuram com dígitos duplos de casos confirmados as cidades de Contagem (11), Divinópolis (14) e Uberlândia (24). Todos esses municípios têm mais que 200 mil habitantes. Com apenas dois quadros clínicos da doença atestados até aqui, Mariana, na Região Central de Minas Gerais, também tem morte registrada.
Dois dos seis óbitos foram registrados em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. Uma das vítimas é uma mulher de 61 anos, que morreu na quinta-feira, depois de passar pela UTI do Hospital Municipal da cidade. Consta no relatório da SES que ela sofria de doença renal crônica.
A outra vítima é um homem de 80 anos, morto em 30 de março, com histórico de doença pulmonar crônica e problemas cardiovasculares. O diagnóstico positivo para COVID-19 dos dois idosos foi confirmado por laboratórios privados e pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). O óbito dele também foi confirmado na última quinta.
Mais três óbitos foram registrados em Belo Horizonte, em Nova Lima, na Região Metropolitana, e Mariana, na Região Central. Aos 44 anos, o paciente não tinha enfermidades crônicas. As vítimas da Região Metropolitana pertenciam ao grupo de risco – uma mulher de 82 anos e um homem de 66.