Jornal Estado de Minas

Vídeo: A quarentena de idosos em aglomerados



Os idosos são as pessoas mais vulneráveis a sofrer as complicações da COVID-19. Por isso mesmo, a recomendação da Organização Mundial da Saúde é que esta parcela da população, que aqui no Brasil é representada por mais de 33 milhões de brasileiros, adote o regime estrito isolamento social. Uma orientação que é impossível ser seguida por milhões de idosos brasileiros que dividem casas e barracões com filhos, netos e bisnetos.


 
O Estado de Minas subiu o morro e visitou ocupação para mostrar a realidade de idosos que vivem em casas com aglomerações de pessoas. No Aglomerado da Serra, nossa equipe visitou a casa de Neuza das Mercês, de 74 anos, que vive em uma casa com a filha, genro, netos e bisnetas. Ao todo, são oito pessoas. “Para nós que vivemos aqui na comunidade, as coisas já não eram fáceis. Agora, com esse vírus, está ainda mais difícil”, conta a aposentada, que é a base de sustento da casa. 

Na ocupação Vitória, em Santa Luzia, na Grande BH, a situação se repete. Isolamento social para Odília Félix, de 77 anos, é uma orientação impossível de ser seguida na prática. Ela divide um barracão com a filha, o genro e uma neta, que está grávida. A idosa, que já sofreu dois Acidentes Vascular Cerebral (AVC) e tem mobilidade reduzida, precisa de cuidados especiais.