Durante o anúncio de medidas de restrição à circulação de pessoas na orla da Lagoa da Pampulha e na Praça da Assembleia, nesta segunda-feira (6), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse não acreditar que as críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao isolamento social completo alteram significativamente a percepção da população sobre a importância das determinações. Ele classificou os críticos ao isolamento como pessoas “descoladas da realidade”.
Leia Mais
Hospitais de BH preparam leitos de UTI para receber pacientes com coronavírusKalil anuncia mil leitos exclusivos para coronavírus e reafirma defesa de isolamentoKalil anuncia que vai restringir circulação de pessoas na orla da Lagoa da PampulhaKalil diz que Mineirão não terá hospital devido a desacordo com secretário de Zema: 'Proposta imoral, indecorosa e politiqueira'Manifestantes fazem protesto em BH exigindo intervenção militarCoronavírus: gargalo de UTIs é estimado para este mêsKalil diz que lojas de BH só poderão atender 'da porta para fora'Coronavírus: FAB monta operação para transportar respiradores a BHRegional de Saúde recomenda prefeitos do Centro-Oeste a não reabrirem comércioBrasileira tem viagem a Paris interrompida e não consegue retornar ao BrasilEM flagra coveiros de Cemitério da Paz trabalhando sem equipamentos de proteção“Se sua mãe estiver doente, você liga para o Mandetta ou para o Bolsonaro?”, perguntou Kalil, de modo enfático.
O prefeito lembrou que o restabelecimento das atividades rotineiras deve ser feito aos poucos. “Eles estão achando que vão abrir o comércio, vai todo mundo às ruas e as lojas irão encher. O mundo mudou. O fim do isolamento tem que ser feito com cuidado, copiando quem sabe fazer”, disse.
Kalil comparou o número de mortes em todo o globo por causa do coronavírus às perdas que os Estados Unidos tiveram durante a Guerra do Vietnã. Os óbitos causados pela infecção já passam dos 65 mil, enquanto quase 60 mil soldados estadunidenses morreram no confronto, que ocorreu entre 1955 e 1975.
“O mundo lá fora é outro. Não adianta abrir nada agora. Vamos ter que nos adequar. Vamos voltar, vagarosamente, a um novo mundo”, completou.