Depois de um dia em que já havia anunciado uma série de medidas para combater a pandemia de coronavírus, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou que proibirá o acesso de pessoas ao interior das lojas da capital.
“Já assinei o decreto. As lojas de Belo Horizonte, inclusive as de chocolates, só poderão atender da porta pra fora, sem clientes do lado de dentro”, disse Kalil por meio de seu Twitter nessa segunda-feira.
“Não existe isso, isso é fake news. Loja de chocolate é fake news. Eu não sei quem deixou! A Guarda Municipal não está autorizada a deixar loja de chocolate nenhuma aberta. “Não é hora de comer chocolate, não, é hora de tentar comer arroz e feijão. Com todo respeito, falar em chocolate agora é agredir a inteligência, agredir o coração da pobreza, da miséria, do aglomerado e da vila, principalmente do internado, do doente”, afirmou Kalil em entrevista coletiva.
Outras medidas
No dia 18 de março, Alexandre Kalil assinou o Decreto Municipal nº 17.304/2020, suspendendo temporariamente o alvará de funcionamento de shoppings, feiras, casas de shows, cinemas, teatros, clubes, academias, salões de beleza, parques e outros diversos estabelecimentos.
Nesta segunda, o prefeito anunciou que adotará novas medidas para restringir a circulação de pessoas na orla da Lagoa da Pampulha e na Praça da Assembleia. O objetivo é evitar aglomerações em meio à pandemia do novo coronavírus.
O chefe do Executivo municipal afirmou, ainda, que as medidas restritivas não têm prazo para terminar e que apenas os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde podem determinar o fim da quarentena. "Nós colocamos o plano em prazo indeterminado, para não ficar nessa bobagem de: 'decreta para lá, decreta para cá'. Eles (especialistas) é que estão no comando, eles é que decretarão o fim da pandemia".
Minas tem mais de 500 ocorrências da Covid-19, com 9 mortes e outros 119 óbitos em investigação. Em Belo Horizonte, foram 260 casos da doença, com 4 vítimas fatais.