A Prefeitura de Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, recomendou em decreto que todas as pessoas usem, fora de casa, máscaras para proteção do rosto diante da pandemia do novo coronavírus.
A decisão já havia sido antecipada pelo Estado de Minas. Os equipamentos de segurança deverão ser doados pela empresa Coteminas, maior grupo têxtil do Brasil, que conta com três unidades em Montes Claros, onde a empresa foi fundada, em 1967.
A decisão da prefeitura segue nota informativa do Ministério da Saúde publicada no sábado (4). O documento pede para que a população produza suas próprias máscaras usando, primordialmente, tecido de saco de aspirador.
Caso o cidadão não tenha acesso a esse material, a pasta do governo federal recomenda a produção da máscara com cotton, tecido de algodão ou fronha de tecido antimicrobiano.
O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e nariz e que esteja bem ajustada ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.
De acordo com o ministério, pesquisas têm apontado que a utilização de máscaras caseiras impede a disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da boca do usuário no ambiente.
Isso garante uma barreira física que auxilia na mudança de comportamento da população e diminuição de casos.
Montes Claros foi a primeira cidade mineira a adotar essa medida. O município, de acordo com o prefeito Humberto Souto (Cidadania), registrou seu primeiro caso no domingo (5), que resultou na morte de Claudio Manoel Ricardo, de 69 anos, com histórico de viagem para São Paulo.
Outras medidas
Além de recomendar o uso de máscaras, a prefeitura de Montes Claros prorrogou até 21 de abril a suspensão dos serviços não essenciais da cidade e a circulação de pessoas que fazem parte do grupo de risco da COVID-19, como idosos e pacientes oncológicos.
O decreto também estabeleceu que os hipermercados, supermercados, mercados e mercearias atuem com capacidade máxima de lotação de até 50%.
Ao contrário do adotado pela Prefeitura de BH, em Montes Claros as lojas de chocolate poderão funcionar até 13 de abril com venda presencial por conta da Páscoa.
O decreto de Montes Claros também permitiu os serviços de fisioterapia com consultas individuais.