A Câmara de Dirigente Lojistas (CDL-BH) e o Sindicato de Lojistas de Belo Horizonte (Sindilojas-BH) divergiram quanto à forma de abertura ou à manutenção da ordem de fechamento do comércio na capital. Em meio ao enfrentamento da pandemia de coronavírus (Covid-19), comerciantes têm orientações diferentes.
A CDL recomenda o funcionamento com restrições, enquanto o Sindilojas orienta os lojistas a se manterem em quarentena, com portas fechadas.
A CDL recomenda o funcionamento com restrições, enquanto o Sindilojas orienta os lojistas a se manterem em quarentena, com portas fechadas.
A polarização ocorreu após decreto publicado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) que mudou, a partir desta terça, as determinações para o funcionamento do comércio de rua da cidade. De acordo com o texto assinado pelo prefeito Alexandre Kalil, os estabelecimentos autorizados a funcionar estão proibidos de atender clientes no interior das lojas. “As vendas deverão ser feitas exclusivamente no exterior do local, com a organização de filas com distância mínima de 1 metro entre as pessoas.”
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“Ontem - nessa segunda-feira - o Sindilojas liberou o laboro na Grande BH. Fizemos isso, porque algumas empresas, como as óticas, que têm a questão da saúde, como as lojas de chocolate, que têm essa semana para fazer as vendas, e alguns outros nos pediram”, disse Donato.
O presidente do Sindilojas entende que a regra deve ser a manutenção das lojas fechadas. “Diferentemente da CDL, que vem falando para abrir as lojas, o Sindilojas pede: ‘Não é momento da abertura das lojas, ainda’. Estamos fazendo um projeto grande com a prefeitura, com o estado, para reativarmos os negócios em Belo Horizonte”, seguiu, pedindo paciência e entendimento a comerciantes e clientes.
O presidente do Sindilojas entende que a regra deve ser a manutenção das lojas fechadas. “Diferentemente da CDL, que vem falando para abrir as lojas, o Sindilojas pede: ‘Não é momento da abertura das lojas, ainda’. Estamos fazendo um projeto grande com a prefeitura, com o estado, para reativarmos os negócios em Belo Horizonte”, seguiu, pedindo paciência e entendimento a comerciantes e clientes.
“Precisamos contar com seu apoio e sua compreensão. Sei que o momento é delicado, a saúde financeira das nossas empresas, a minha, os meus funcionários, todos nós juntos estamos passando por um momento muito delicado. Mas temos que ter a consciência de que não podemos reabrir e ativar ou piorar a questão da saúde na nossa cidade. Por favor lojistas, vamos aguardar. Estamos trabalhando para uma reabertura forte. Todos unidos para essa reabertura. Vamos ter coragem e, juntos, conseguiremos passar por tudo isso”, finalizou.
Manutenções e mudanças
Supermercados, hipermercados, padarias, farmácias, sacolões, mercearias, hortifrutis, armazéns, açougues e postos de combustível para veículos automotores não tiveram o funcionamento alterado pelo decreto e seguem podendo atender os clientes no interior dos estabelecimentos.
Já agências bancárias e casas lotéricas seguem com atendimento interno, porém, com controle de acesso para eliminar aglomerações nas áreas internas e externas e organizando filas gerenciadas pelas instituições em área externa com distanciamento mínimo de 1 metro.
Números em Minas
O número de mortes pela Covid-19 subiu de nove para 11 em Minas, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em boletim epidemiológico, divulgado nesta terça (7), são 49.652 casos em investigação e 559 confirmados. Minas tem 100 óbitos em investigação, uma diminuição de 19 mortes suspeitas em relação ao boletim epidemiológico do dia 6.