Jornal Estado de Minas

Coronavírus: para garantir isolamento, cidade mineira tira até bancos de praça

(foto: Prefeitura de Recreio/Divulgação)
 
Aglomerações urbanas levam administradores públicos a tomar medidas radicais, em tempos de pandemia do coronavírus, diante da insistência de muitos moradores em frequentar praças e outras áreas de convívio. Se o prefeito de Belo Horizonte, Alexande Kalil (PSD), mandou cercar as praças da Liberdade e JK, ambas na Região Centro-Sul, e pretende tomar providências quanto à orla da Pampulha, o chefe do Executivo de Recreio, na Zona da Mata, José Maria André de Barros (PSB), foi além e mandou arrancar os bancos da Praça dos Ferroviários, no Centro da Cidade.


 
"Cercamos a praça com faixa zebrada, dessas usadas pela polícia, para impedir a aglomeração, mas as pessoas não respeitaram. O espaço é muito frequentado por idosos, e posso falar assim pois tenho 67 anos", disse o prefeito. Diante da contínua movimentação, o que contraria o distanciamento social preconizado pelas autoridades federais de saúde, em consonância com Organização Mundial de Saúde (OMS), os bancos deixaram a Praça dos Ferroviários. Mas não para sempre.
 
 
 
O prefeito nega que os equipamentos sejam históricos e tenham sido quebrados na retirada. "Não são. Na verdade, foram trocados várias vezes. Um deles já estava com a base danificada e será substituído. Vários prefeitos da região fizeram o mesmo", conta José Maria. Ele planeja a reforma da praça, mas adianta que é preciso esperar passar a pandemia.
 
"Nas redes sociais, a retirada dos bancos de concreto teve 80% de aprovação. Mais gente a favor do que contra", diz o chefe do Executivo. "As pessoas precisam entender a gravidade do momento. Recreio, com 10,5 mil habitantes, tem cinco casos suspeitos do novo coronavírus, mas na região há caso confirmado".


 
Com a retirada dos bancos, os frequentadores sumiram da Praça dos Ferroviários. "Agora, não tem lugar de sentar. Não foi preciso nem fiscalização", resume.

O que é o coronavírus?

Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.


Como a COVID-19 é transmitida?

A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Como se prevenir?

A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.




Quais os sintomas do coronavírus?

Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:

  • Febre
  • Tosse
  • Falta de ar e dificuldade para respirar
  • Problemas gástricos
  • Diarreia


Em casos graves, as vítimas apresentam:

  • Pneumonia
  • Síndrome respiratória aguda severa
  • Insuficiência renal

Mitos e verdades sobre o vírus

Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o coronavírus é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.

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