Os respiradores são equipamentos hospitalares essenciais para atender a pacientes na fase aguda da COVID-19, que sofrem com a insuficiência respiratória. Em todo o Brasil, há uma corrida para aumentar o número de aparelhos em funcionamento. Uma força-tarefa, formada pela Secretária de Estado de Saúde (SES), Polícia Militar de Minas Gerais e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), pretende localizar todos os respiradores em desuso no Estado para que passem por manutenção e possam voltar às unidades de saúde para o atendimento de pacientes em tratamento do novo coronavírus.
De acordo com o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (Cnes), órgão ligado ao Sistema Único de Saúde (SUS), Minas tem 5.964 respiradores em uso, sendo 4473 na rede pública. Os aparelhos estão parados por difentes razões, como defeitos técnicos e até falta de bateria. Em um primeiro levantamento, a SES idenficou 373 parados. A força-tarefa esteve em 290 hospitais e foram localizados respiradores parados em Barbacena, Juiz de Fora, Montes Claros, Governador Valadares, Uberaba e outros municípios. Até o final da operação, as autoridades esperam visitar 989 unidades de saúde.
Até o momento a PM buscou 206 equipamentos provenientes tanto da rede pública quanto privada. Os aparelhos foram trazidos para a Academia de Polícia Militar no Prado e seguem para a manutenção nas oficinas do Senai. Até o final de quarta (8), a expectativa é que outros 34 chegem uaté o local, totalizando 220 respiradores.
Os equipamentos foram apresentados em entrevista coletiva na manhã de quarta, 8, na Academia de Polícia. O secretário adjunto de saúde, Marcelo Cabral, informou que a ação tem objetivo de estruturar a rede de saúde em todo o estado para o enfrentamento à Covid-19.
Muitos equipamentos precisam de pequenos reparos para que voltem a funcionar. No entanto, de acordo com o diretor regional do Sistema SESI/Senai , Cristiano Leal, todos os respiradores passam por protocolo completo para voltar às unidades de saúde de origem em perfeito estado e sem risco de pararem novamente. O tempo médio de reparo são sete dias.
Os policiais militares vão até os hospitais para fazer o transporte seguro dos equipamentos até as oficinas do Senai. Participam da ação de reparo engenheiros da Fiat e da Acellor Mital. Os equipamentos reparados voltam às unidades em todo o estado sem custos para o estabelecimento de saúde.