Jornal Estado de Minas

COVID-19

Kalil: 'Quem não está entre os serviços essenciais não deve ir trabalhar'

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou, nesta quarta-feira, que Belo Horizonte vai endurecer as restrições à circulação de pessoas. Pelo Twitter, o chefe do Executivo municipal disse que, a partir desta quinta-feira (9), todos os serviços não essenciais da capital estão proibidos de funcionar. Kalil assinou, nesta tarde, o decreto que suspende o alvará de funcionamento de tais estabelecimentos. Supermercados, farmácias, agências bancárias, sacolões, açougues e outros comércios de caráter fundamental podem manter as portas abertas.



 

Cinema de BH desafiou isolamento em 1918; no local, loja faz o mesmo em 2020

  

“É muito sério. Todos os estabelecimentos não essenciais estarão fechados por decreto amanhã. Quem não está entre os serviços essenciais não deve ir trabalhar”, postou. 


O decreto 17.328/2020 prevê sanções penais, administrativas e civis aos que descumprirem as regras. O documento, por outro lado, permite a continuidade do funcionamento de hipermercados, farmácias, agências bancárias, lojas de materiais de construção, açougues, agências bancárias, sacolões, mercearias, correios e lotéricas. 

 

Na segunda-feira (6), Kalil havia divulgado outras ações, como o fechamento, aos pedestres, da orla da Lagoa da Pampulha. Apenas carros vão poder passar pela área. O prefeito divulgou, também, o fechamento da Praça da Assembleia, expediente adotado em outros equipamentos públicos da cidade, como as praças da Liberdade e JK.


Segundo a Guarda Municipal, as restrições na Pampulha começam a valer a partir desta quinta. As grades já estão sendo instaladas na orla.

Histórico

Na segunda-feira (7), Kalil assinou um decreto que proibia a entrada de consumidores nas lojas de rua de Belo Horizonte. A assinatura do documento editado nesta quinta fez determinação ser revogada automaticamente.

 

Antes, em 20 de março, a prefeitura havia determinado o fechamento de centros de compras, shoppings, galerias de lojas, cinemas, teatros, boates, feiras e exposições. 

ACMinas

Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Minas Gerais (ACMinas), Aguinaldo Diniz Filho, o enfrentamento ao coronavírus precisa equilibrar saúde e economia.

“Não podemos criar o caos na economia, mas não podemos criar o caos na saúde. É muito importante que tenhamos cuidado para achatar a curva, com isolamento social rígido aos grupos de risco, além do funcionamento das atividades essenciais. A economia também tem que andar, para evitar o caos social. De forma responsável e progressiva, precisamos debater o retorno às atividades”, pontuou.