Depois que o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, indicou a recomendação do uso de máscaras aos que forem sair de casa, a mudança de comportamento das pessoas já transformou o cenário nas ruas de Belo Horizonte. Antes, essa indicação era somente para profissionais da área da saúde, pessoas infectadas com o novo coronavírus e a quem faz parte do grupo de risco da doença.
A assistente social Raquel Pereira de Oliveira explicou que comprou sete máscaras e distribuiu para as pessoas da família, priorizando aquelas do grupo de risco. Já a aposentada Lia Pereira, de 65 anos, contou que é ela mesma quem faz as máscaras. "Também sou artesã e adoro ajudar as pessoas. Fiz mais de 50 máscaras e doei para a família, amigos e para quem estava precisando. Agora, eu só saio de casa pra receber meu dinheiro da aposentadoria e depois volto rapidinho", relata.
O entregador Rafael Castro, que viu o ritmo de trabalho aumentar muito durante a pandemia, adquiriu a máscara de pano no Bairro Vale do Jatobá, no Barreiro, onde ele mora. "Eu queria um preta, pois suja muito andando de moto, mas ainda não consegui. Comprei a que estou usando e encomendei mais uma".
A criatividade continua sendo a marca registrada dos brasileiros: a vendedora Magnólia Aguiar é a prova disso. Depois de ver as dicas na internet, ela confeccionou uma máscara com pano multiúso de cozinha e duas buchas de cabelo: "A empresa onde trabalho forneceu a máscara descartável, mas está faltando no mercado e, então, resolvi fazer a minha. Demorou cinco minutos para ficar pronta".
Recomendações do Ministério da Saúde
O órgão nacional incentivou o uso de máscaras de pano, mas lançou recomendações. Confira:
- É necessário que a máscara seja de uso individual
- Uma mesma máscara só deve ser usada durante duas horas. Depois desse tempo é necessário trocar.
- Como barreira física contra o vírus, é necessário que a máscara tenha duas camadas de pano
- É importante que ela tenha elásticos para amarrar acima das orelhas e abaixo da nuca, protegendo a boca e o nariz.