A aproximação da Páscoa e do feriado de sexta-feira da Paixão preocupa autoridades mineiras, que recomendam a manutenção do distanciamento social. Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (8), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, pediu “bom senso” à população. Ele ainda indicou que há sinais do adiamento do pico da COVID-19 e disse que estuda o fim do isolamento.
As projeções para a escalada da doença estão se distanciando, de acordo com o secretário. A previsão, que antes era para meados de 27 de abril, avançou para 4 ou 5 de maio. “Estamos nos distanciando do pico projetado com apoio dos mineiros”, disse o secretário.
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“Minas está conseguindo controle e tudo que não queremos é o descontrole. Poder contar com a colaboração da sociedade é fundamental”, afirmou.
Leitos em Minas
O secretário de Saúde afirmou que Minas ainda não sofre ameaça de sobrecarga nos leitos e que os planos de contingência estão vinculados às micro e macrorregiões. A avaliação, porém, contraria estudos de especialistas, como da Universidade Federal de Minas Gerais.
“O estado é muito extenso, são 853 municípios. Mais de 770 deles têm menos de 20 mil habitantes. Para ter sistema de saúde adequado eles têm de se juntar”, defendeu Amaral.
Segundo o secretário, Minas tem ocupação de 56% dos leitos de CTI e 55% de ociosidade nos leitos de enfermaria. “A lógica do isolamento social está associada a isso. Evitamos um pico muito grande da necessidade hospitalar. Há uma discreta elevação dos pedidos de internação, mas neste momento não entendemos que possa ter uma sobrecarga.”
Isolamento social
O secretário disse que tem sido muito importante o acompanhamento dos leitos no estado, o que pode resultar em uma possível futura alteração nas estratégias de isolamento social. “Exige muita calma, muito cuidado. Estamos com a curva próxima do que desejávamos. Com isolamento e apoio da sociedade estamos conseguindo segurar o crescimento da COVID”, afirmou.
Em pronunciamento, o governador Romeu Zema disse que a curva de casos em Minas está se comportando de forma bem menos agressiva do que em outros estados. “Isso mostra que o povo está comprometido. Agradeço a todos que têm feito esse esforço. É fruto do trabalho de todos, significa que vamos sair dessa crise com menos pessoas afetadas”, disse Zema.