(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas CORONAVÍRUS

Secretário de Saúde pede 'bom senso' à população para feriado em Minas

Carlos Eduardo Amaral agora prevê pico da doença na primeira semana de maio. Zema atribui menor velocidade de casos à quarentena


postado em 08/04/2020 19:04 / atualizado em 08/04/2020 21:19

'Vamos ter feriado, é difícil ficar em casa, mas temos que ter bom senso', pede secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral(foto: Tulio Santos/EM/D.A. Press)
'Vamos ter feriado, é difícil ficar em casa, mas temos que ter bom senso', pede secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral (foto: Tulio Santos/EM/D.A. Press)

A aproximação da Páscoa e do feriado de sexta-feira da Paixão preocupa autoridades mineiras, que recomendam a manutenção do distanciamento social. Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (8), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, pediu “bom senso” à população. Ele ainda indicou que há sinais do adiamento do pico da COVID-19 e disse que estuda o fim do isolamento.

As projeções para a escalada da doença estão se distanciando, de acordo com o secretário. A previsão, que antes era para meados de 27 de abril, avançou para 4 ou 5 de maio. “Estamos nos distanciando do pico projetado com apoio dos mineiros”, disse o secretário. 

Com a perspectiva de viagens no fim de semana prolongado, ele fez um apelo: “Vamos ter feriado, é difícil ficar em casa, mas temos que ter bom senso”, disse. “Não saia de dentro de casa sem os cuidados necessários nem façam qualquer tipo de aglomeração”.

A Secretaria de Saúde de Minas recomenda o uso de máscara de pano em caso de necessidade de exposição, mas o secretário lembrou que essa medida não abole a conduta de distanciamento e nem a exigência de lavar as mãos constantemente.

“Minas está conseguindo controle e tudo que não queremos é o descontrole. Poder contar com a colaboração da sociedade é fundamental”, afirmou.

Leitos em Minas

O secretário de Saúde afirmou que Minas ainda não sofre ameaça de sobrecarga nos leitos e que os planos de contingência estão vinculados às micro e macrorregiões. A avaliação, porém, contraria estudos de especialistas, como da Universidade Federal de Minas Gerais.

“O estado é muito extenso, são 853 municípios. Mais de 770 deles têm menos de 20 mil habitantes. Para ter sistema de saúde adequado eles têm de se juntar”, defendeu Amaral.

Segundo o secretário, Minas tem ocupação de 56% dos leitos de CTI e 55% de ociosidade nos leitos de enfermaria. “A lógica do isolamento social está associada a isso. Evitamos um pico muito grande da necessidade hospitalar. Há uma discreta elevação dos pedidos de internação, mas neste momento não entendemos que possa ter uma sobrecarga.”

Isolamento social

O secretário disse que tem sido muito importante o acompanhamento dos leitos no estado, o que pode resultar em uma possível futura alteração nas estratégias de isolamento social. “Exige muita calma, muito cuidado. Estamos com a curva próxima do que desejávamos. Com isolamento e apoio da sociedade estamos conseguindo segurar o crescimento da COVID”, afirmou.
 
Em pronunciamento, o governador Romeu Zema disse que a curva de casos em Minas está se comportando de forma bem menos agressiva do que em outros estados. “Isso mostra que o povo está comprometido. Agradeço a todos que têm feito esse esforço. É fruto do trabalho de todos, significa que vamos sair dessa crise com menos pessoas afetadas”, disse Zema.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)