Em vez de procissões e orações com a participação de centenas fiéis, celebrações diante de bancos vazios. Foi assim a Sexta-Feira da Paixão em Minas, conhecida pelos tradicionais eventos da Semana Santa, sobretudo em cidades históricas, como Sabará, Ouro Preto, Mariana, São João del-Rei, Diamantina. As medidas de isolamento social para evitar aglomerações devido à pandemia do novo coronavírus obrigaram padres a fazer as pregações com a ajuda da internet.
Situação semelhante à que ocorreu em vários locais do mundo.
A mensagem on-line de fé substituiu em Montes Claros, município do Norte de Minas com 409,3 mil habitantes o principal ritual religioso desta época do ano. A Procissão do Encontro, realizada tradicionalmente na manhã da Sexta-feira da Paixão, com a participação de milhares de pessoas, deu lugar a uma celebração dentro da Catedral Nossa Senhora Aparecida. O templo estava fechado e com os bancos vazios. Os fiéis acompanharam a celebração pela internet. Sem procissões, Sexta-feira da Paixão é celebrada dentro das igrejas em Minas https://t.co/dpqWPzzu9r#coronavirus#COVID19 #coronavirusMG #coronavirusMG #noticiasBH #noticiasMG pic.twitter.com/oiiz7gMNAm
%u2014 Estado de Minas (@em_com) April 10, 2020
Na Procissão do Encontro, os homens saem da catedral, carregando cruzes, tendo à frente a imagem de Nosso Senhor dos Passos, enquanto as mulheres partem da Matriz de Nossa Senhora e São José, com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Nos últimos anos, o “encontro” das imagens ocorreu na Praça Walduck Wanderley, no Bairro São José.
As pregações sobre as 14 estações foram feitas pelo padre Valdomiro Soares Machado (frei Valdo), junto com outros dois sacerdotes, com apenas uma pessoa sendo responsável pelo acompanhamento musical. Durante a pregação, o frei Valdo pediu orações para os trabalhadores da Saúde que atuam na linha de frente no enfrentamento do coronavírus, bem como para os policiais miliares e integrantes do Corpo de Bombeiros.
Destacou ainda a atuação dos profissionais de comunicação nesse período da pandemia. “Vamos rezar para todos que lutam contra esse maldito vírus que atinge o nosso Brasil e o nosso mundo”, conclamou.
As pregações sobre as 14 estações foram feitas pelo padre Valdomiro Soares Machado (frei Valdo), junto com outros dois sacerdotes, com apenas uma pessoa sendo responsável pelo acompanhamento musical. Durante a pregação, o frei Valdo pediu orações para os trabalhadores da Saúde que atuam na linha de frente no enfrentamento do coronavírus, bem como para os policiais miliares e integrantes do Corpo de Bombeiros.
Destacou ainda a atuação dos profissionais de comunicação nesse período da pandemia. “Vamos rezar para todos que lutam contra esse maldito vírus que atinge o nosso Brasil e o nosso mundo”, conclamou.
Via-sacra on-line
Em entrevista, após a “via-sacra on-line”, frei Valdo disse que a crise do coronavírus deixou um vazio nos templos católicos, mas que, ao mesmo tempo, o isolamento social trouxe uma maior aproximação entre as famílias. “É muito triste ver a igreja vazia, celebrara para os bancos e não ter o povo (presente). Eu tenho certeza que a Procissão do Encontro seria uma riqueza com mais de 6 mil ou 7 mil pessoas nas ruas. Isso, com certeza, deixou um vazio entre nós”, disse o sacerdote.“Mas isso também serve de lição para todos nós, sobretudo, para que, diante da qualidade dos nossos encontros de hoje, esposa com esposa, pais e filhos, isso vai gerar uma verdadeira vida, uma qualidade de vida, que isso que devemos repensar hoje, nesse silencio total, nessa solidão total, nessa ausência total nas igrejas, mas reforçando a igreja doméstica, a igreja família”, completou.
Frei Valdo lembrou que, aos 72 anos, “jamais” imaginou que viesse a conviver com uma situação como a pandemia da COVID-19. Disse que há mais de 50 anos conviveu com a epidemia da febre amarela, que matou muitas crianças no Norte de Minas. “Agora, chega essa coisa estranha. Talvez, seja até um sinal de Deus para que o mundo melhore um pouco mais, para que as relações melhorem mais entre nós.”
O Padre Marcos José, da Paróquia Nossa da Conceição, em João Monlevade, fez uma adaptação na procissão para evitar aglomerações. Ele passou com um carro de som pelos bairros da cidade, na última quinta-feira (9), rezando para a população.
Assim como uma procissão, os fiéis seguiam o carro do padre em uma “carreata”. Outras pessoas ficaram nas portas e janelas das casas esperando a bênção. Muitos fiéis usavam máscaras cirúrgicas como proteção. Além do carro de som, dois ministros da eucaristia foram em outro veículo tocando sinos.
Essa adaptação no modo de celebrar a procissão veio depois do decreto municipal que suspendeu a aglomerações de pessoas. Desde 23 de março, as igrejas de João Monlevade, assim como o comércio, não estão abertos. As missas estão ocorrendo online e você pode assistir pelo Facebook da paróquia.
A paróquia Nossa da Conceição fez várias mudanças no cronograma para adaptar-se a pandemia. Para conferir a programação, entre no site oficial da paróquia.
Procissão de carro em Monlevade
O Padre Marcos José, da Paróquia Nossa da Conceição, em João Monlevade, fez uma adaptação na procissão para evitar aglomerações. Ele passou com um carro de som pelos bairros da cidade, na última quinta-feira (9), rezando para a população.Assim como uma procissão, os fiéis seguiam o carro do padre em uma “carreata”. Outras pessoas ficaram nas portas e janelas das casas esperando a bênção. Muitos fiéis usavam máscaras cirúrgicas como proteção. Além do carro de som, dois ministros da eucaristia foram em outro veículo tocando sinos.
Essa adaptação no modo de celebrar a procissão veio depois do decreto municipal que suspendeu a aglomerações de pessoas. Desde 23 de março, as igrejas de João Monlevade, assim como o comércio, não estão abertos. As missas estão ocorrendo online e você pode assistir pelo Facebook da paróquia.
A paróquia Nossa da Conceição fez várias mudanças no cronograma para adaptar-se a pandemia. Para conferir a programação, entre no site oficial da paróquia.