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Estado de Minas PANDEMIA

Coronavírus: sindicato apela a Kalil para reabrir bares e restaurantes em BH

Entidade quer pelo menos 50% do funcionamento nessa áreas. Setor já contabiliza cerca de 10 mil demissões desde o fechamento


postado em 13/04/2020 14:44 / atualizado em 13/04/2020 17:50

Lojas na Avenida Abílio Machado, em BH, foram fiscalizadas pela Guarda Municipal (foto: Divulgação/Guarda Municipal)
Lojas na Avenida Abílio Machado, em BH, foram fiscalizadas pela Guarda Municipal (foto: Divulgação/Guarda Municipal)
O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de BH (Sindhorb), Paulo Cesar Pedrosa, divulgou vídeo nesta segunda-feira em que faz um apelo para que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) autorize pelo menos 50% do funcionamento nos bares, restaurantes e lanchonetes.

 

De acordo com Pedrosa, os empresários já amargam prejuízos graves e o setor já contabiliza pelo menos 10 mil demissões desde o fechamento imposto pela prefeitura, devido ao isolamento social. A orientação é da Organização Mundial de Saúde (OMS).


A entidade encaminhou solicitação ao prefeito Alexandre Kalil pedindo a reabertura. "O que queremos é o mesmo tratamento que está ocorrendo com as padarias de Belo Horizonte. As padarias vendem comidas sem nenhuma restrição. Então, por que o nosso setor não pode trabalhar? Trabalhar somente com delivery não sustenta a categoria, sem conseguir pagar aluguel e funcionários. O setor está passando por um dos seus piores momentos. Já são 10 mil pessoas demitidas só na capital mineira”, diz Pedrosa.

 

 

O presidente do sindicato propõe diálogo entre o setor e o órgão municipal. “Sabemos que o prefeito, por meio de um decreto, poderá permitir que o setor volte a funcionar pela metade. Nós, empresários, não queremos restaurantes lotados, sabemos que não é hora para isso. Tomaremos a iniciativa de controlar a entrada nos estabelecimentos. Somos 14 mil pontos em BH, são 40 mil empregos diretos, mas estamos sem dinheiro para pagar salários, impostos, água, luz, aluguel, IPTU. Nossa situação é extremamente delicada”.


De acordo com o presidente do Sindhorb, a projeção para Minas Gerais é que haja 100 mil demissões nos setores da hotelaria e gastronomia com essa crise.

Só na capital e Região Metropolitana a estimativa é ter 20 mil desempregados.

Ainda segundo Pedrosa, são 60 hotéis já suspenderam suas atividades no mês de abril. “ Não sabemos qual destino do turismo de negócios em 2020, na capital mineira”, afirma.

O decreto

A suspensão de atividades com potencial de aglomeração de pessoas se ampara na Situação de Emergência em Saúde Pública. O decreto, publicado em edição especial do Diário Oficial do Município, estabeleceu a suspensão de vários tipos de comércio da capital mineira. A medida começou a valer a partir do dia 20 de março.

Entre os estabelecimentos fechados estão casas de shows e espetáculos de qualquer natureza; boates, danceterias, salões de dança, casas de festas e eventos; feiras, exposições, congressos e seminários; shopping centers, centros de comércio e galerias de lojas; cinemas e teatros; clubes de serviço e de lazer; academia, centro de ginástica e estabelecimentos de condicionamento físico; clínicas de estética e salões de beleza; parques de diversão e parques temáticos; bares, restaurantes e lanchonetes.

O decreto estabelece  também que os estabelecimentos que têm estrutura poderão efetuar entrega em domicílio e disponibilizar a retirada no local de alimentos prontos e embalados para o consumo. O processo deve seguir as regras de saúde para evitar a contaminação pela COVID-19.

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) afirmou que "está analisando dia a dia as medidas de isolamento social."


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