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Estado de Minas GERAIS

Vídeo que questiona valores da cesta básica doada pela prefeitura não procede; entenda

Supermercado admite falha na emissão de nota de cestas básicas distribuídas pela PBH a famílias carentes da capital


postado em 13/04/2020 13:10 / atualizado em 13/04/2020 18:19

Arroz, açúcar e leite em pó são registrados no cupom fiscal com valores acima dos de mercado(foto: Print/ Vídeo)
Arroz, açúcar e leite em pó são registrados no cupom fiscal com valores acima dos de mercado (foto: Print/ Vídeo)
A PBH esclareceu nesta segunda-feira (13) que foi detectado um erro na nota fiscal referente às cestas básicas retiradas pelas famílias na rede de supermercado Apoio Mineiro. Em um vídeo que circula nas redes sociais, uma mulher mostra uma nota fiscal em que o valor de alguns produtos essenciais das cestas básicas, como o arroz (Tipo 1) e o açúcar, estão com preços muito acima dos de mercado. Além dos valores, outro questionamento feito pela mulher é a falta dos itens de higiene prometidos pela prefeitura.
 
 
Na nota fiscal apresentada por ela, um pacote de 5kg de arroz fino (Tipo 1) da marca Margiare foi registrado no valor de R$ 21,39 e um pacote de açúcar, com o mesmo peso, no valor de R$ 12,64. A quantia total da cesta composta por 12 itens, no entanto, está avaliada em R$ 71,90, valor pago pela PBH em todos os quatro fornecededores contratados por meio de tomada de orçamento. 
 
Nota fiscal dos produtos da cesta básica(foto: Print/ Vídeo)
Nota fiscal dos produtos da cesta básica (foto: Print/ Vídeo)
 

Prefeitura 

A Secretaria Municipal de Assistência Social esclareceu que o preço dos itens apontados no cupom fiscal foi um erro do supermercado Apoio.
 
“Para o processo de compras foi solicitado o orçamento a mais de 60 redes de supermercados que atuam na capital. Esse preço está abaixo do mercado e somente foi viável após negociação, pois os orçamentos iniciais variaram de R$ 99,80 a R$ 75,66. Se o usuário for ao supermercado para comprar os produtos da cesta diretamente, o preço seria cerca de 30% maior”, diz a nota.

Por questão de logistica interna, a rede de supermercados pegou o valor da cesta e dividiu pelo peso dos produtos. 
 
Segundo a prefeitura, se os itens fossem comprados separadamente, o custo subiria para cerca de R$ 110. 

Todas as cestas são compostas por 12 itens, todos de primeira linha (Tipo 1). São eles: um pacote de arroz (5kg); um de açúcar cristal (5kg); um de feijão carioca (2kg); um de fubá de milho (1kg); um pacote de macarrão parafuso (500g); um de macarrão espaguete (500g); um de sal refinado (1kg); óleo de soja (900ml); um de farinha de mandioca (1kg); dois pacotes de leite em pó (400g cada); uma lata de extrato de tomate (350g); e uma lata de sardinha (250g).

“Sobre os Kits de higiene é importante esclarecer que esse é um outro item e que está previsto para 57 mil famílias inscritas no cadastro único que residem em vilas e favelas. Já as cestas são disponibilizadas para 240 mil famílias”, explica a PBH.

Rede Apoio


O Grupo Super Nosso, dono do supermercado Apoio, comunicou, por meio de nota, que houve um erro na distribuição dos valores dos produtos no cupom fiscal, mas sem causar nenhum prejuízo para a pessoa que recebeu a cesta básica. Informa ainda que os produtos que estão na composição das cestas fazem parte de uma negociação especial com os fornecedores e, por essa razão, não estão disponíveis em gôndolas.

“Na emissão do cupom dois produtos (arroz e açúcar) estavam com valores mais altos e outros três saíram com preços bem mais baixos (leite em pó, feijão e extrato de tomate)”, explicou o grupo. 

Na nota apresentada pela mulher, o leite em pó aparece ao custo de R$ 1,29.

“É importante  também destacar que o contrato entre a Prefeitura de Belo Horizonte e o Super Nosso não prevê o fornecimento dos kits Higiene. A falha já foi identificada nos sistemas, com ajuste de todos os preços dos produtos”, informou o Super Nosso.

Ajuda emergencial


A PBH iniciou na semana passada a distribuição de quase 400 mil cestas básicas e 57 mil kits de higiene para a população carente da capital, de acordo com o cadastro assistencial existente no município.
 
A medida tem como objetivo contribuir para que as famílias tenham mais condições de se manter em isolamento social, principalmente aquelas que tiveram o acesso à renda prejudicado, devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo a projeção da prefeitura, nessa etapa serão investidos R$ 20 milhões. 
 
*Estagiário sob supervisão da editora-assistente Vera Schmitz


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