Uma mulher de 19 anos foi presa em Montes Claros, no Norte de Minas, suspeita de ter agredido o filho, de 2 anos, até a morte. De acordo com a Polícia Civil, ele sofreu golpes violentos na altura da barriga, que provocaram o rompimento do intestino, levando-o a óbito. O caso vinha sendo investigado desde a morte da criança, no dia 20 de fevereiro. A mulher foi detida no último fim de semana.
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Temporal causa alagamentos e derruba árvores em Montes ClarosEmpresa têxtil vai doar 900 mil kits com máscaras contra o coronavírus em Montes ClarosPrefeitura de Montes Claros recomenda uso de máscaras para todas as pessoas em via públicaMãe é condenada a 28 anos de prisão por matar filho de 2 anos em MinasPolícia Civil confirma cenário de espancamento em corpo de criança morta em Montes ClarosEla foi conduzida para a cadeia de Itacarambi (a 235 quilômetros de Montes Claros), para onde estão sendo levadas as mulheres presas do Norte de Minas durante o período das medidas de isolamento social contra o avanço do coronavírus (COVID-19), sendo que os homens presos na região estão sendo encaminhados, temporariamente, para a cadeia de Bocaiúva.
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (13), o delegado de Homicídios de Montes Claros, Bruno Rezende, informou que a mãe do garoto – que trabalha como diarista –, negou o crime em depoimento e alegou que a criança caiu acidentalmente de um banco de madeira, no barracão da família, no Bairro Renascença. Porém, o resultado da necropsia e as investigações revelaram que o menino foi vítima de agressões.
Segundo o delegado, vizinhos e parentes da criança relataram que a diarista sempre agredia o filho até mesmo na rua. O garoto morreu após ser internado em hospital da cidade. As investigações apontaram que a morte foi decorrente de “choque distributivo, consequente a perfuração intestinal, devido a traumatismo abdominal por instrumento contundente”.
Bruno Rezende informou que as investigações apontam que a diarista agredia o menino por causa de ciúmes do pai da criança, um chapa de caminhão, que passou a ter relacionamento com outra mulher, com quem ele tem uma filha de 11 meses. “Toda vez que o companheiro saía para visitar a filha que teve outra mulher, a mãe do garoto ficava com ciúmes e 'descontava' no seu filho pequeno com muita violência”, disse o delegado.
De acordo com o delegado, testemunhas contaram que mulher chegou a deixar a criança de “castigo”, de joelhos, no quintal da casa durante a noite simplesmente porque o filho chorava. O fato só foi descoberto porque a avó do menino acordou à noite para ir ao banheiro e encontrou o neto sozinho, no escuro, no quintal da moradia.
Outro fato que chamou atenção, acrescentou Rezende, foi que, logo após o enterro do garoto, no distrito de Caçarema, no município de Capitão Enéas, na mesma região, a mãe dele foi vista ingerindo bebidas alcoólicas em um bar. “Isso gerou raiva e até o começo de uma tentativa de linchamento da suspeita por parte dos moradores da comunidade”, relatou o delegado de Homicídios de Montes Claros.