Quem vai retirar medicamentos na Farmácia de Minas, no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, deve estar disposto a esperar pelo menos duas horas em pé, em meio a grande aglomeração de pessoas.
Leia Mais
Durante pandemia, programa da UFMG quer que PBH acolha moradores em situação de rua em imóveis ociososSecretário condiciona isolamento ao avanço do coronavírus em MinasMais de 90% das cidades de Minas estão 'na rota' do coronavírusAplicativo oferece delivery de farmácias em BHDecreto da Prefeitura de Santa Luzia obriga o uso de máscara a partir desta sextaCoronavírus: empresário mineiro cede lojas virtuais para negócios na criseEnfrentavam a maratona centenas de pessoas do chamado grupo de risco para o novo coronavírus - idosos, transplantados, asmáticos, doentes renais crônicos, entre outros quadros clínicos.
A cena não é inédita. O Estado de Minas registrou ao menos três situações semelhantes nas últimas três semanas. O número de pacientes encontrado no local esta segunda (13), no entanto, era ainda maior: cerca de 300, contra a média de 150 das multidões anteriores.
A auxiliar de serviços gerais Marli Souza, de 59 anos, conta que chegou no estabelecimento ao meio-dia, mas só foi atendida perto de 16h. Ela veio buscar remédios para o marido, que sofre de Doença de Parkinson. "Ele toma pramipexol. Aqui fora está terrível. Tem muito idoso, muita gente sem máscara, um tumulto grande. É uma falta de respeito. Falaram que era porque o sistema estava fora do ar. Nem chamando a gente pelo painel estavam", narra a usuária.
A aposentada Lourdes Maria Guedes, de 62 anos, relata que esperou três horas na fila até, finalmente, conseguir retirar a clozapina. O filho dela faz uso contínuo do fármaco. "É a primeira vez que encontro a farmácia tão cheia assim. Teve uma vez que o atendimento também demorou, mas não foi tanto. Na época, disseram que era por conta do controle de entrada. Para evitar aglomerações lá dentro. Mas de que adianta, se a gente fica embolado aqui fora?", reclama.
"Acho que falta uma fiscalização aqui fora. É muita gente junta e nem todos tem a consciência de manter a distância segura dos outros na fila", comentou a cabeleireira Elenilda Campos de Oliveira. Ela chegou à Farmácia de Minas por volta de 14h. Às 16h, ainda aguardava atendimento para obter sigmatriol, substância usada no tratamento da osteoporose.
A auxiliar de serviços gerais Marli Souza, de 59 anos, conta que chegou no estabelecimento ao meio-dia, mas só foi atendida perto de 16h. Ela veio buscar remédios para o marido, que sofre de Doença de Parkinson. "Ele toma pramipexol. Aqui fora está terrível. Tem muito idoso, muita gente sem máscara, um tumulto grande. É uma falta de respeito. Falaram que era porque o sistema estava fora do ar. Nem chamando a gente pelo painel estavam", narra a usuária.
A aposentada Lourdes Maria Guedes, de 62 anos, relata que esperou três horas na fila até, finalmente, conseguir retirar a clozapina. O filho dela faz uso contínuo do fármaco. "É a primeira vez que encontro a farmácia tão cheia assim. Teve uma vez que o atendimento também demorou, mas não foi tanto. Na época, disseram que era por conta do controle de entrada. Para evitar aglomerações lá dentro. Mas de que adianta, se a gente fica embolado aqui fora?", reclama.
"Acho que falta uma fiscalização aqui fora. É muita gente junta e nem todos tem a consciência de manter a distância segura dos outros na fila", comentou a cabeleireira Elenilda Campos de Oliveira. Ela chegou à Farmácia de Minas por volta de 14h. Às 16h, ainda aguardava atendimento para obter sigmatriol, substância usada no tratamento da osteoporose.
'Sistema inacessível'
Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que a lentidão no atendimento foi causada por uma instabilidade no Sistema de Gestão da Assistência Farmacêutica (Sigaf), além de outros utilizados na Farmácia de Minas. “As ações para retorno do acesso aos sistemas estão em processo e o atendimento será normalizado o mais rápido possível”, afirmou o órgão por meio de nota.
A SES-MG orienta ainda que os pacientes que não estejam agendados evitem comparecer à farmácia. “Já aqueles que fazem parte dos grupos de risco, devem usar o modelo de declaração autorizadora disponível online para designar um procurador, de modo que essa pessoa retire o medicamento em nome do paciente”, diz o comunicado.
A secretaria ressalta, por fim, que o estado está adquirindo medicamentos para aumentar a capacidade de dispensação aos usuários. A ideia, detalha a SES-MG, é que a Farmácia de Minas, em breve, comece a fornecer aos pacientes que fazem uso contínuo de medicamentos quantidade suficiente de fármacos para suprir dois ou três meses de tratamento - medida que visa reduzir os deslocamentos da população.