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Estado de Minas COVID-19

Sem quadra, peladeiros do basquete usam videoaula para manter a forma em BH

Integrantes do grupo, que jogavam três vezes por semana, estão seguindo orientações de colega formado em educação física


postado em 14/04/2020 16:19 / atualizado em 14/04/2020 18:23

Alexandre Soares, ex-jogador de basquete(foto: Divulgação/ Alexandre Soares)
Alexandre Soares, ex-jogador de basquete (foto: Divulgação/ Alexandre Soares)
Se atletas profissionais estão longe de suas atividades por causa da pandemia de coronavírus, amadores andam vivendo o mesmo distanciamento da prática esportiva. Ex-jogadores, em particular, que tinham uma rotina de peladas, têm tentado se virar nesses tempos de isolamento social. Em Belo Horizonte, grupo ligado ao basquete e que se reunia três vezes (quartas, sábados e domingos) criou esquema especial para ao menos manter a forma física.

Ex-jogador do Ginástico, Alexandre Soares, de 58 anos, o Xande, ajudou na missão de orientar os colegas a se movimentar. Ele é formado em educação física e proprietário de uma academia de ginástica, a Boleágua, em Betim, na Grande BH. Acabou assumindo a função de 'conselheiro' e personal trainer.
 
Ele integra um grupo de peladeiros agora privados ir à quadra. “Quando aconteceu de ser decretado o confinamento, a primeira coisa que pensei foi na nossa pelada e nos amigos. Pensei em como estaríamos se todos parassem de fazer exercícios. Aí, tive a ideia de movimentar todos eles em casa mesmo. Pensei num programa que fosse possível fazer num cômodo de casa ou na garagem do prédio onde moram”, conta Xande.

Ele decidiu fazer um vídeo para enviar no grupo dos amigos. O vídeo é íntimo, já que Xande brinca com apelidos e com detalhes marcam os amigos. Ele chega até a brincar consigo mesmo. “Nós todos jogamos basquete e nos tornamos amigos desde garotos. O esporte é nossa vida e segue assim até hoje. Então, por que não ajudar as pessoas a se movimentar?". E uma das minhas preocupações foi com a falta de espaço em casa.

A resposta do grupo foi imediata. Muitos passaram a consultar ou mandar vídeos dos exercícios, perguntando se estavam fazendo certo. Um deles, o professor universitário Márcio Tibo, também ex-jogador. “Eu logo me interessei. Eu sempre fiz academia e assim que determinaram o confinamento, pensei em como iria fazer para manter a forma e o condicionamento físico. Quando vi o vídeo, percebi que aquele era o jeito”.

Tibo adotou os exercícios como 'obrigação diária'. Faz de quatro a cinco vezes por semana. E como não estão se encontrando, ele gravou um vídeo se exercitando e enviou para Xande. “Ele corrigiu a postura em alguns exercícios. O que achei muito bom”.

Há dois dias, Xande inovou. Passou um novo vídeo, agora com movimentos de basquete e uma bola. “É para quem tem espaço em casa. Nem todos têm. Aí, os exercícios que passei ajudarão. Agora, quem tiver espaço pode fazer esses exercícios, que ajudarão a não perder a forma. E quando acabar esse confinamento, a pelada vai voltar, com todo mundo em forma”.

Bicicleta no rolinho


Atleta amadora, Lucimar de Paula, de 45 anos, trabalha como babá, mas tem um hobby, a bicicleta. Ela integra o grupo de pedal Só delas, que compete amadoristicamente no mountain bike. Como não está podendo mais sair à rua para pedalar, treina em casa, colocando a bicicleta num suporte que tem um rolinho, que lhe permite pedalar.

“Mudou tudo na minha vida. Não estou indo trabalhar. Cuido de um casal de gêmeos. E não posso sair para pedalar na rua como fazia. Estou em casa desde o dia 14 de março. Assim, reativei minha antiga bicicleta de rolinho. Tenho uma bicicleta para competição e essa que é velha e fica no rolinho. Mas assim vou mantendo a forma, e quando as competições recomeçarem, estarei pronta”.


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