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Estado de Minas

Rio Paraopeba recebeu em água tratada do rompimento o volume de uma Pampulha

Em um ano de operação, a estação implantada pela Vale em Brumadinho atingiu a marca de 10 bilhões de litros de água tratada do Ribeirão Ferro-Carvão, afluente do Rio Paraopeba


postado em 15/04/2020 09:38 / atualizado em 15/04/2020 10:49

Visão aérea da ETAF Iracema, em Brumadinho. Água devolvida limpa para o Rio Paraopeba(foto: Vale/Divulgação)
Visão aérea da ETAF Iracema, em Brumadinho. Água devolvida limpa para o Rio Paraopeba (foto: Vale/Divulgação)
A operação de purificação da água do Ribeirão Ferro-Carvão, afluente do Rio Paraopeba que foi soterrado por mais de 7 milhões de metros cúbicos (m3) de rejeitos de minério de ferro com o rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, atinge 10 bilhões de litros nesta semana. O volume equivale a uma Lagoa da Pamulha cheia. (Veja comparativo abaixo)


O processo é finalizado pela Estação de Tratamento de Águas Fluviais (ETAF) Iracema, operada pela mineradora Vale. A estação só deverá parar de funcionar quando todos os rejeitos forem retirados da área da ruptura e a água do afluente voltar ao padrão natural.

A ETAF Iracema completa um ano de operação no próximo mês, tendo iniciado suas operações quatro meses após o rompimento da barragem na Grande BH, desastre que matou 270 pessoas, sendo que 10 corpos ainda permanecem desaparecidos aguardando o retorno da operação dos bombeiros. Outros 2 milhões de m3 de rejeitos desprendidos estão depositados no leito do Rio Paraopeba.

O volume de água tratado é considerável, uma vez que corresponde a 9 dias de abastecimento da Grande BH ou a 27 dias do Sistema Rio Manso, em Brumadinho, que reverte mais de 40% de sua produção para Belo Horizonte.

Processos de tratamento conseguem devolver a água até 5 vezes mais limpa que o limite(foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
Processos de tratamento conseguem devolver a água até 5 vezes mais limpa que o limite (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press)
A água é devolvida cinco vezes mais límpida, em média, que o limite legal de 100 NTUs estabelecido pelo Conama, conforme Resolução nº 357/2005. As instalações têm capacidade para tratar aproximadamente 2 milhões de litros por hora, o equivalente a cerca de 20 piscinas olímpicas por dia. Na ETAF, a água é separada dos sólidos por meio de um processo de decantação e, em seguida, passa pela filtragem, retornando tratada ao córrego Casa Branca, afluente do Paraopeba. São 8 filtros zeólicos (com elementos filtrantes que retiram uma série de materiais da água como o próprio manganês). Ao todo são três turnos de trabalho diário e monitoramento em tempo real.


Os sólidos decantados na bacia de sedimentação são direcionados para grandes bolsas denominadas tubos geotêxteis, responsáveis por conter, armazenar e desidratar o rejeito. A água drenada dessas bolsas é reconduzida ao sistema de tratamento instalado e os sólidos nos tubos geotêxteis são removidos e direcionados para disposição na Cava da Mina do Feijão, conforme autorizado pelos órgãos competentes.



Comparativo

Veja a quanto equivale a água já tratada na área de rompimento

 

10 bilhões de litros equivalem a:

 

  • 1 Lagoa da Pampulha
  • 9 dias de abastecimento da Grande BH (13.606 litros por segundo)
  • 18 dias do Sistema Rio das Velhas (6.585 litros por segundo) 
  • 21 dias do Sistema Paraopeba (5.627 litros por segundo)
  • 27 dias do Sistema Rio Manso (4.350 litros por segundo)
  • 145 dias do Sistema Vargem das Florfes (800 litros por segundo)
  • 243 dias da média captada pelo Sistema Serra Azul (477 litros por segundo)

 

Fonte: Copasa (produção média de 2015)

 

 


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