Uma mulher de 25 anos foi detida em Montes Claros, no Norte de Minas, depois ser filmada agredindo a filha, de 7 anos, com um fio de extensão e socos na cabeça e em outras partes do corpo. Os atos de violência foram gravados pelo ex-companheiro (27) da agressora que também foi preso, pois, segundo a Polícia Civil, ele teria usado o vídeo para forçar uma reconciliação com a mulher e deixou de socorrer a criança.
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De acordo com os levantamentos policiais, o casal estava separado havia cerca de um ano e existia medida protetiva em favor da mulher, com o homem não podendo se aproximar da casa dela.
A Policia Civil informou que o ex-companheiro da suspeita informou que, na segunda-feira, quando foi levar leite para os dois filhos, fruto do relacionamento com a mulher, presenciou as agressões contra a menina filmou a cena. Segundo a polícia, ele alegou que não socorreu a vítima “porque a menina não é filha dele”.
A delegada Mônica Brandi, responsável pela investigação, explica que a tortura é uma modalidade penal que pressupõe a prática do ato infligindo um grande sofrimento físico e mental na vítima. "Pelo vídeo enviado à Polícia Civil, é possível comprovar o grande sofrimento vivido pela vítima no momento em que era agredida", afirmou a delegada.
Em depoimento, a mulher disse ter sido a primeira vez que ela teria agredido a filha. Em entrevista, a advogada de defesa da suspeita argumento que as agressões a crianças foram incitadas pelo ex-companheiro da mulher. A advogada alegou ainda que sua cliente sofreu “perturbação psicológica” por parte do lavador de carros e que vai entrar com um pedido de habeas corpus a seu favor ainda nesta quarta-feira (15).